Lula: nova política de preços da Petrobras será discutida no futuro

Lula disse que o Brasil não tem que estar submetido ao PPI

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repercutiu nesta quinta-feira (6) a divergência entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e o presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, sobre possíveis mudanças na política de preços da estatal. Lula afirmou que o assunto só será discutido “no momento em que o presidente convocar uma reunião”.

Lula ainda disse que o Brasil não tem que estar submetido ao PPI (política de paridade internacional), que condiciona o preço dos combustíveis às taxas externas. Além disso, o petista argumentou que a Petrobras não pode continuar distribuindo dividendos a acionistas sem fazer investimentos no País.

De acordo com Lula, qualquer mudança ocorrerá “no momento certo”. Ele relembrou que já fez reunião com o Conselho Nacional de Política Energética, mas que não tratou deste tema. “Vou convocar outras reuniões [do conselho] para discutir a política de preços”, acrescentou.

Lula está insatisfeito com presidente da Petrobras, diz jornal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estaria insatisfeito com o presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, segundo informações divulgadas pela jornalista Malu Gaspar, do jornal “O Globo”. De acordo com pessoas próximas do governo, o petista não está gostando do quadro geral da estatal nos seus três primeiros meses de mandato.

Além de pedir para Prates uma “guinada” na petroleira, Lula está cobrando o presidente da Petrobras sobre uma alteração da política de preços da estatal para os combustíveis e um programa de conteúdo nacional para equipamentos. O presidente também vem criticando a distribuição recorde de dividendos da empresa.

Segundo o “O Globo”, o governo federal também não teria gostado do reajuste salarial aprovado pelo conselho de administração da Petrobras de 43,88% para conselheiros e diretores.

Outro problema que irritou Lula foi a orientação de rejeitar duas indicações para compor o conselho por parte dos comitês da estatal. Uma das indicações foi do próprio petista e outra do ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).