Lula elogia "Desenrola" e afirma: “só quem gosta de dever muito é rico"

Programa entrou em vigor na segunda (17) para pessoas com renda de até R$ 20 mil mensais

O presidente Lula afirmou durante sua live nesta terça-feira (18) que o Desenrola, programa de renegociação de dívidas, irá ajudar as pessoas a andarem de “cara limpa” porque “só quem gosta de dever muito é rico”.

“Pobre não gosta de dever, pobre gosta de pagar aquilo que ele deve. Por isso há uma grande procura para tentar resolver a dívida. Porque todo mundo quer andar de cara limpa. Todo mundo quer entrar em qualquer lugar de cabeça erguida, alegre, porque não está devendo. Quando a pessoa deve e não pode pagar, ela fica cabisbaixa. Só quem gosta de dever muito é rico”, afirmou Lula em sua live, diretamente de Bruxelas, na Bélgica.

Vale destacar que o presidente está na Bélgica acompanhando o fórum empresarial da cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia.

Desenrola

Em resumo, o Desenrola entrou em vigor nesta segunda-feira (17) para a faixa 2, que atinge pessoas com renda de até R$ 20 mil mensais, além da desnegativação de dívidas de até R$ 100.

Nesse sentido, o presidente reforçou a importância do programa para a fatia mais pobre da população, que será abrangida pela medida a partir de setembro, com o início da faixa 1, que atenderá quem recebe até dois salários mínimos e dívidas de até R$ 5 mil.

“Todo mundo que tem uma pequena dívida de R$ 100 já vai ser facilmente [desnegativado]. Os bancos já vão isentar. Ele já não vai dever mais nada e já vai sair do Serasa. Quem ganha até R$ 20 mil por mês já pode negociar sua dívida com os bancos. Ontem [segunda] houve uma grande procura nos bancos e teve banco anunciando redução de 96% da dívida”, afirmou Lula.

Haddad sobre Desenrola

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirmou, nesta segunda-feira (17) que o novo programa de renegociação de dívidas do governo federal, o Desenrola, pode “limpar o nome” de até 2,5 milhões de pessoas físicas que estão com débitos de até R$ 100 com bancos.

Nesse sentido, os números levam em consideração os clientes ligados aos principais bancos do país. De acordo com Haddad, o programa poderá ajudar de 1,5 milhão a 2,5 milhões de pessoas que estão nessa situação. 

“Se todos os grandes bancos aderirem, estamos falando de cerca de 2,5 milhões de CPFs”, afirmou o ministro.

Haddad destacou em coletiva de imprensa nesta segunda, que o volume final de nomes limpos vai depender da adesão do Nubank ao programa, já que o banco digital possui, sozinho, 1 milhão de CPFs negativados por baixos valores.

Desse modo, a primeira fase do programa do governo destinado para quem tem dívidas com bancos, deu início nesta segunda. Portanto, essa etapa prevê que os bancos participantes retirem da lista de negativados os nomes de devedores pessoa física com pendências de até R$ 100.