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M. Dias Branco (MDIA3) lucra R$ 259 milhões e cresce 33% no 3T23

Receita encolheu 8,1% e fechou o 3T23 em R$ 2,73 bilhões.

A M.Dias Branco (MDIA3) divulgou o resultado do seu balanço financeiro do terceiro trimestre de 2023 (3T23) na noite desta sexta-feira (10). A companhia reportou lucro líquido de R$ 259 milhões, um salto de 32,8% ante o mesmo período do ano passado, quando registrou R$ 195 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 440,7 milhões, um aumento de 32,3%, comparado ao 2T23 que foi de R$ 333,1 milhões.

A receita da companhia encolheu 8,1% e fechou o terceiro trimestre deste ano em R$ 2,73 bilhões.

O volume de venda de biscoitos recuou 15,3%, passando de 153 mil para 129 mil toneladas. Já o capex cresceu 49,1%, de R$ 71,3 milhões para R$ 106,3 milhões.

M. Dias: XP (XPBR31) otimista com queda das commodities

Em setembro, a XP Investimentos (XPBR31) avaliou que o “forte impulso” observado nos resultados financeiros da M. Dias Branco deve continuar com a queda das commodities.

Em relatório, os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca afirmam que mantêm visão positiva quanto à tendência da empresa em virtude da melhora nos fundamentos, como preços mais baixos de trigo e óleo de palma, e o reflexo positivo do repasse de preços para massas e biscoitos dos trimestres passados.

“De acordo com a nossa análise, os preços mais baixos do trigo e do óleo de palma ainda não foram totalmente refletidos nos resultados da empresa, sustentando a visão de uma forte dinâmica de lucros no futuro. Do ponto de vista dos preços dos produtos, a administração reforçou que devemos observar tendências positivas devido ao carrego do aumento de preços ocorrido no 1º semestre de 2023 e à redução do tamanho das embalagens”, observaram os analistas após reunião com o vice-presidente financeiro da empresa, Gustavo Theodozio, e com o diretor de Relações com Investidores, Fabio Cefaly.

Segundo os analistas, os executivos da M. Dias Branco manifestaram preocupação com a reforma tributária, embora a avaliação seja de impacto limitado. “O pior cenário possível exigiria um aumento de preço de aproximadamente 2% para compensar o efeito da reforma. Mesmo no pior cenário, vemos a empresa sendo negociada a um valuation atrativo de 10,6 vezes P/L (índice preço sobre lucro) para 2024”, aponta a XP.

A XP acrescenta que o atual nível de participação de mercado da M. Dias Branco em massas, de 28,1% ao fim do segundo trimestre após a redução do tamanho de embalagens, ainda preocupa a administração da empresa.

“A administração está confortável com a participação de mercado de biscoitos e bolachas no curto e médio prazo”, apontam os analistas. De acordo com a XP, a companhia não descarta eventuais fusões e acusações em meio à menor alavancagem.

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