A M.Dias Branco (MDIA3) anunciou o resultado de seu desempenho no segundo trimestre de 2023 nesta sexta-feira (11). A companhia registrou lucro líquido de R$ 217,9 milhões, ante R$ 233,5 milhões no mesmo período do ano passado, uma queda de 6,7%.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), subiu 5,5% na mesma comparação, para 376,8 milhões de reais.
A receita líquida da companhia cresceu 14,1%, para R$ 2,8 bilhões, com aumento do preço médio e dos volumes vendidos em 5% e 8,5%, respectivamente, disse a M. Dias Branco, destacando as categorias de biscoitos e massas.
A empresa também ampliou os volumes em todas as categorias e cresceu 65,5% na receita de “outras linhas de produtos”, reflexo das aquisições como a Jasmine, que introduziram categorias/produtos com maior valor agregado no portfólio, afirmou a companhia.
As ações da empresa fecharam com leva alta no pregão do Ibovespa desta sexta. Os papéis subiram 0,21% cotados a R$ 43,34.
JPMorgan eleva M. Dias Branco à compra
Em março, a M. Dias Branco subiu nas recomendações overweight (exposição acima da média do mercado, o que equivale à compra) do banco JPMorgan para compra.
Especialistas ficaram empolgados com a empresa, apesar do quarto trimestre de 2022 da M. DIas Branco não ter sido animador e a expectativa é que os primeiros três meses de 2023 também não seja.
O banco prevê margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) de 14% até o final deste ano, isso significa alta de 9,6 pontos p.p (pontos percentuais) em relação aos 4,4% dos últimos três meses do ano passado.
O JPMorgan apontou que na análise foi adotado uma abordagem mais conservador quanto a volumes e margens do ano, e reduziu as estimativas do Ebitda para R$ 1,293 bilhão em 2023 (14% abaixo do consenso). Sendo assim, o preço-alvo foi reduzido de R$ 39,50 para R$ 33,50.
Já a Camil (CAML3) foi rebaixada para neutra. O banco notou uma deterioração das tendências operacionais, perspectivas mais fracas em termos de volumes, contribuição mais lenta do que o esperado de novos negócios e um segmento internacional fraco, recomendando a comercializadora de arroz para neutro, cm preço-alvo caindo de R$ 13 para R$ 9.
As atualizações foram feitas com base em leituras atualizadas sobre a recuperação de margem de ambas empresas.