JPMorgan eleva M. Dias Branco (MDIA3) à compra

A Camil (CAML3), outra empresa do ramo de embalados, pegou o caminho contrário e desceu para neutro

A M. Dias Branco (MDIA3) subiu nas recomendações overweight (exposição acima da média do mercado, o que equivale à compra) do banco JPMorgan para compra.

Especialistas ficaram empolgados com a empresa, apesar do quarto trimestre de 2022 da M. DIas Branco não ter sido animador e a expectativa é que os primeiros três meses de 2023 também não seja.

O banco prevê margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) de 14% até o final deste ano, isso significa alta de 9,6 pontos p.p (pontos percentuais) em relação aos 4,4% dos últimos três meses do ano passado.

O JPMorgan apontou que na análise foi adotado uma abordagem mais conservador quanto a volumes e margens do ano, e reduziu as estimativas do Ebitda para R$ 1,293 bilhão em 2023 (14% abaixo do consenso). Sendo assim, o preço-alvo foi reduzido de R$ 39,50 para R$ 33,50.

Já a Camil (CAML3) foi rebaixada para neutra. O banco notou uma deterioração das tendências operacionais, perspectivas mais fracas em termos de volumes, contribuição mais lenta do que o esperado de novos negócios e um segmento internacional fraco, recomendando a comercializadora de arroz para neutro, cm preço-alvo caindo de R$ 13 para R$ 9.

As atualizações foram feitas com base em leituras atualizadas sobre a recuperação de margem de ambas empresas.

M. Dias (MDIA3) fecha em queda de 20% após resultado do 4t22

As ações da M. Dias Branco (MDIA3) encerraram o pregão desta segunda-feira (20) em queda de 21,45%, cotadas a R$ 24,96, entre as principais quedas da B3 do dia.

O resultado vem na sessão seguinte após a divulgação, na última sexta (17), do desempenho da companhia no quarto trimestre de 2022. A líder nos mercados de biscoitos e massas no Brasil, registrou lucro líquido de R$ 15 milhões no período, queda de 89,7% ante os últimos três meses do ano retrasado

Como reflexo, as ações da companhia passaram hoje por revisões no preço-alvo. O Santander cortou o preço esperado de R$ 53 para R$ 48, reiterando a recomendação de compra, enquanto o BTG Pactual reduziu o preço-alvo de R$ 35 para R$ 34 e manteve a recomendação neutra.

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