A rede de restaurantes Madero prepara IPO (Oferta Pública Inicial de Ações), ou seja, irá emitir ações na bolsa de valores brasileira, a B3. Ainda não foi definido um cronograma de listagem das ações, nem o montante de recursos que a empresa pretende movimentar.
A perspectiva da companhia é utilizar os valores líquidos da abertura de capital para investir na expansão de novos restaurantes, e também na renovação da frota e cozinhas centrais (50%), além do pagamento de contratos financeiros (50%).
A empresa será listada no Novo Mercado, mais alto nível de governança corporativa da B3, com o código MDRO3.
A rede planejava um IPO para 2020, mas teve de interromper os planos por causa da pandemia. Agora, no entanto, o IPO já estaria pronto novamente. A empresa até já contratou quatro bancos para a operação: Bank of America, BTG, Itaú e UBS, segundo apuração do Estadão.
Dívidas não devem ser empecilho para protocolo do Madero na B3
Mesmo com o balanço do primeiro trimestre que apontou “dúvidas substanciais sobre a capacidade da companhia de continuar em funcionamento dentro de 12 meses” o protocolo já está encaminhado mesmo com as dívidas e dificuldades financeiras da empresa.
No relatório, o grupo também reportou um montante de R$ 2,4 bilhões em obrigações com bancos, fornecedores e tributos. Uma fatia de 31% dessa dívida vence no prazo de um ano.
A crise do Madero se agravou no ano passado, com a pandemia o restaurante se viu obrigado a fechar as portas temporariamente, por conta das restrições de mobilidade.