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Magalu (MGLU3) quer diluir caixa para quitar dívida de R$ 3 bilhões

Seguno IM Business, a empresa não pretende fazer novas captações

O Magazine Luiza (MGLU3) pode buscar liquidar as operações com caixa próprio para quitar uma dívida de curto prazo avaliada em R$ 3 bilhões, segundo informações do IM Business.

De acordo com a publicação, a empresa não pretende fazer novas captações e deve enfrentar o ciclo de queda da Selic com o que tem em caixa – no terceiro trimestre de 2023, o caixa total foi de R$ 8,1 bilhões.

Isso será possível graças à melhora da rentabilidade e do controle das despesas vistos no último balanço. O grupo viu suas despesas financeiras caírem para R$ 456 milhões no período, pouco mais de 5% de sua receita (essa proporção era de 6,2% em 2022).

Em 14 de janeiro, o Magalu terá de efetuar o pagamento de um título de dívidas avaliado em R$ 800 milhões. Em abril, vencerá R$ 1,5 bilhão em notas promissórias, valor que corrigido pode chegar a R$ 1,97 bilhão. Procurado, o Magalu ainda não respondeu.

As ações da varejistas encerram o pregão do Ibovespa desta terça-feira (2) em queda de 4,62% com papéis cotatdos s R$ 2,06.

Magalu foca na estabilidade financeira no 4T23, diz Citi

No último trimestre de 2023, a Magazine Luiza está concentrando seus esforços em fortalecer seu balanço patrimonial, mas depara-se com desafios notáveis no setor de mercadorias próprias (1P), especialmente em novembro, de acordo com a análise do Citi.

Os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo ressaltam que o ambiente de demanda tornou-se mais desafiador e as comparações foram mais difíceis, impactando o segmento, embora haja sinais de melhoria no crescimento da receita em dezembro. Enquanto as vendas do marketplace continuam a se destacar em termos de expansão, o segmento 1P ainda enfrenta desafios.

A empresa registrou ganhos de participação de mercado nos últimos três meses do ano, embora não tenha fornecido detalhes específicos sobre as categorias de produtos. A margem Ebitda, conforme relatado pela empresa, deverá permanecer na faixa de 6-7% em novembro e dezembro, mantendo o foco na melhoria do balanço patrimonial.