Mercado

Magalu (MGLU3): Abradin faz denúncia à CVM sobre compra do Kabum

Os fundadores do Kabum tentam reverter o negócio com o Magalu em arbitragem na Câmara de Comércio Brasil-Canadá

A Abradin (Associação Brasileira de Investidores Minoritários) protocolou na terça-feira (7) na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) uma denúncia envolvendo a compra do Kabum pelo Magazine Luiza (MGLU3). Os irmãos Thiago e Leandro Ramos, fundadores do Kabum, tentam reverter o negócio em arbitragem na Câmara de Comércio Brasil-Canadá.

Em documento divulgado à imprensa, a Abradin escreveu que seu temor é de que os minoritários paguem a conta da operação com a diluição de suas fatias na varejista. A associação entende que os ajustes envolvendo a compra devem ser pagos exclusivamente pelos controladores do Magalu.

Na avaliação da entidade, “não seria justo” que os acionistas minoritários da varejista fossem diluídos, sem correspondente acréscimo ao patrimônio da empresa, no caso de alta das ações entre a data do acordo e a data de liquidação.

Na mesma denúncia enviada à CVM, a Abradin também sinalizou falta de transparência no primeiro comunicado ao mercado sobre a compra do Kabum. Segundo a associação, o Magalu não citou o valor da aquisição e nem a relação de troca de ações para a citada “incorporação de ações”.

Magalu (MGLU3): fundadores da Kabum entram com arbitragem

Em julho, os irmãos Leandro Ramos e Thiago Ramos, fundadores da Kabum e sócios do Magazine Luiza (MGLU3), entraram com requerimento para abertura de arbitragem contra a varejista na Câmara de Comércio Brasil Canadá. Os dois alegaram que supostos conflitos de interesse de seus assessores, e que envolveriam o Magalu, teriam sido prejudiciais à dupla e trazido danos financeiros. O valor em disputa é de R$ 3,5 bilhões.

Em 2021, a Kabum foi vendida ao Magalu, com a operação sendo assessorada pelo Itaú BBA (ITUB4). Essa transação é foco das divergências que levaram à arbitragem

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