
O Magalu (MGLU3) aprovou um aumento de capital de R$ 400 milhões, conforme fato relevante divulgado na noite de segunda-feira (22). A decisão partiu do conselho de administração da companhia.
Com isso, a empresa emitirá 36.949.762 novas ações ordinárias, que serão distribuídas aos acionistas na forma de bonificação. Portanto, não haverá desembolso financeiro por parte dos investidores.
Além disso, a bonificação ocorrerá na proporção de uma nova ação para cada 20 ações ordinárias detidas. Terão direito ao benefício os acionistas posicionados no papel em 29 de dezembro.
Segundo o comunicado, o custo atribuído a cada ação bonificada será de R$ 10,825. A companhia não detalhou mudanças na estrutura de controle após a operação. Enquanto isso, o mercado reagiu com cautela. As ações da varejista fecharam o pregão de segunda-feira em queda de 2,8%, cotadas a R$ 8,99.
Apesar da reação negativa no curto prazo, o movimento reforça a estratégia do Magalu de fortalecer sua estrutura de capital, especialmente em um cenário de juros ainda elevados e consumo mais seletivo.
Por fim, investidores acompanham os próximos desdobramentos para avaliar o impacto da bonificação sobre liquidez, preço do papel e expectativas para 2026.
Magalu: Lucro ajustado cai 95% no 2T25, a R$ 1,8 milhão
O Magalu (MGLU3) viu seu lucro líquido ajustado recuar 95,3% no segundo trimestre de 2025 na comparação anual, atingindo R$ 1,8 milhão, mostra relatório de resultados divulgado ao mercado nesta quinta-feira (7).
A cifra veio abaixo das projeções reunidas pela Bloomberg, que apontavam para um lucro líquido de R$ 13 milhões no período.
Sem o ajuste, que desconsidera as despesas não recorrentes, a companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 24,4 milhões, revertendo o lucro não ajustado de R$ 23,6 milhões no segundo trimestre de 2024.
O gerente de relações com investidores, Lucas Ozorio, disse ao Money Times, que houve impacto de efeitos não recorrentes muito fortes no resultado contábil (que mostrou prejuízo). Sendo o mais relevante um PDD (provisão para devedores duvidosos) adicional no valor de R$ 26,5 milhões de reais.
Esse efeito aconteceu, devido a um acordo com o BID Invest e a IFC (International Finance Corporation). Em que o Magalu realizou uma provisão adicional para cobrir integralmente a carteira renegociada do CDC (crédito direto ao consumidor).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do Magazine Luiza cresceu 2,3% na base anual. Batendo R$ 726,7 milhões no segundo trimestre deste ano.