Apesar de uma visão mais construtiva sobre o Magazine Luiza, Magalu (MGLU3), considerando as melhorias apresentadas nos últimos trimestres, o Itaú BBA optou por manter a recomendação “market perform” (desempenho igual à média do mercado, equivalente a neutro) para a ação da varejista.
Após o grupamento de 10 para 1 dos ativos no fim de maio, o banco estabeleceu um novo preço-alvo de R$ 15 por ação, representando um potencial de alta de 18% em relação ao fechamento de quinta-feira (6). Antes do grupamento, o preço-alvo era de R$ 3.
O banco observou que, embora a companhia tenha superado as estimativas de rentabilidade nos últimos trimestres, a receita ainda ficou abaixo das expectativas. Isso levou a equipe de pesquisa a adotar uma postura cautelosa em suas previsões de crescimento da receita no momento.
Diante disso e da falta de colaterais de avaliação, o banco reafirmou uma postura mais cautelosa no momento.
Demanda fraca do Magalu
Os analistas do banco destacam que o aumento substancial das taxas de juros e a demanda fraca por bens duráveis levaram o Magalu a concentrar-se na rentabilidade das operações em 2023.
Apesar das oportunidades de aumentar a participação de mercado decorrentes dos desafios enfrentados por um grande concorrente online, a reintrodução do imposto DIFAL em 2023 resultou em um ajuste de preços no canal de estoque próprio (1P), representando outro desafio ao longo do ano.
Como resultado, a varejista apresentou um crescimento fraco nos canais online e offline em 2023, resultando em uma queda de 1,4% ano a ano na receita líquida do ano. No entanto, isso preparou o caminho para tendências de rentabilidade mais positivas, como observado nos últimos trimestres.
Banco espera colheita de frutos da varejista
Nesse contexto, o banco espera que o Magalu continue a colher os frutos dos ajustes feitos no ano anterior e se beneficie da recuperação gradual do ciclo de crédito e de um ambiente macroeconômico mais favorável.
O Magalu identifica oportunidades para aumentar sua participação de mercado tanto nos canais físicos quanto online e demonstra otimismo em relação aos ganhos de rentabilidade esperados para 2024.
Com base nessas premissas, o BBA prevê uma aceleração modesta no crescimento do GMV (volume bruto de mercadorias), tanto online quanto offline, para o restante de 2024, resultando em um crescimento da receita líquida de 6,5% ano a ano. Esse crescimento será acompanhado por um ganho de margem impulsionado pela alavancagem operacional.
Quanto à margem Ebitda, a previsão é de 7,7% para 2024, representando um aumento de 190 pontos-base em relação ao ano anterior. O Magalu, por sua vez, enxerga oportunidades de aumentar sua participação de mercado tanto nos canais físicos quanto online e demonstra otimismo em relação aos ganhos de rentabilidade esperados para 2024.