Conter volatilidade

Magalu (MGLU3) decide agrupamento de ações nesta semana

Os preços dos papéis da Magalu (MGLU3) têm “beirado” os centavos, com a operação a companhia visa conter a volatilidade das ações.

Foto: Divulgação
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O Magazine Luiza, também conhecido como Magalu (MGLU3), realizará na próxima quarta-feira (24) a Assembleia Ordinária e Extraordinária para decidir sobre o agrupamento de ações da empresa.

A proposta da Magalu (MGLU3) é de agrupamento na proporção de 10 para 1.

Nessa mesma perspectiva, as Americanas (AMER3) devem realizar esse mesmo procedimento para tomada de decisão na próxima semana. No caso das Americanas, a proporção é maior, de 100 para 1.

O procedimento não deve alterar o patrimônio das companhias nem o do investidor alocado nas empresas. O objetivo central é reduzir a volatilidade do papel.

“Ações com preços muito baixos estão mais expostas a ataques especulativos”, explicou Eurico Rodrigues, head de ações do Desmistificando Research, conforme antecipado pelo “InfoMoney”.

“Por isso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) recomenda que a empresa não deixe que isso permaneça por muito tempo”, acrescentou.

Os preços dos papéis das duas varejistas têm “beirado” os centavos. Por volta das 14h50 (horário de Brasília) desta segunda-feira (22), as ações da Magalu operavam em queda de 0,65%, cotadas a R$ 1,53. Já as das Americanas registravam salto de 3,85%, sendo negociadas a R$ 0,53.

Contudo, mesmo que o foco do agrupamento seja atenuar a volatilidade dos papéis, Rodrigues pontua que “Não é incomum uma empresa continuar caindo após um grupamento”. Contudo, ele acrescenta que “mas isso não se deve ao grupamento em si, e sim à manutenção da desconfiança do mercado”.

Magalu (MGLU3) ou Mercado Livre (MELI34): quem se destaca, segundo BTG

Em relatório divulgado recentemente, o BTG Pactual (BPAC11) atualiza suas estimativas para os três maiores players de e-commerce (plataformas horizontais) cobertos pela instituição: Casas Bahia (BAHIA3)Magazine Luiza (MGLU3), conhecida como Magalu, e o Mercado Livre (MELI34). Os preços-alvo das companhias foram avaliados para refletir as tendências dos próximos anos.

O BTG acredita que no Brasil algumas empresas terão que escolher entre crescimento e rentabilidade. O banco mantém esse discurso mesmo com os esforços dos players. Para ele, a Magalu (MGLU3) deve ser uma das principais beneficiadas pelas reduções dos juros.

“O e-commerce continua sendo uma tese estrutural para nós, e preferimos a exposição ao setor no longo prazo através de players horizontais com muito mais liquidez, sendo o Mercado Livre a nossa top pick, enquanto o Magalu deverá ser um dos principais beneficiários da queda das taxas de juro locais nos próximos trimestres (bem como um foco crescente na lucratividade)”, disseram analistas, de acordo com o “Suno”.