A Magalu (MGLU3) reverteu o prejuízo de R$ 198,8 milhões, reportado no segundo trimestre de 2023. A varejista registrou um lucro líquido recorrente de R$ 37,4 milhões no 2TRI24.
A empresa consagrou seu terceiro trimestre consecutivo no positivo. Os números foram em linha com a previsão de analistas, que projetavam forte incremento de margem para o período.
O Ebitda ajustado – lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações – cresceu 62% ano a ano, para R$ 711 milhões.
Já a margem Ebitda ajustada foi de 7,9%, com alta de 2,8 pontos percentuais, isto por conta do impulso da margem bruta, de 30,9% – um avanço anual de 21, pontos percentuais.
Enquanto isso, a receita líquida da Magalu no 2TRI24 foi de R$ 9,01 bilhões, o que representa alta de 5,1%. Na mesma linha, as vendas totais alcançaram R$ 15 bilhões no período, com um crescimento de 4% em bases anuais.
Em outros pontos do relatório trimestral, como, por exemplo, as lojas físicas, a Magalu reportou aumento de 14% nas vendas, em comparação com o 2TRI23.
Outro avanço foi nas unidades abertas há pelo menos um ano, com crescimento de 16%, o maior crescimento de vendas mesmas lojas em quatro anos, segundo a Magalu.
As receitas do e-commerce alcançaram a marca de R$ 10,8 bilhões, um crescimento tímido de 0,9%.
Marketplace cresce 4% e CFO da Magalu (MGLU3) diz estarem preparados para juros altos
“Crescemos menos porque focamos em aumentar a rentabilidade para acelerar o crescimento, com margem mais alta”, disse o CFO, Roberto Bellissimo Rodrigues, de acordo com o “InfoMoney”.
O marketplace da Magalu respondeu por 40% das vendas, com alta anual de 4%, atingindo R$ 4 bilhões de vendas e 359 mil vendedores. Já a receita de serviços, associadas às comissões do marketplace cresceram 11,2%, ultrapassando R$ 1 bilhão.
“Há algum tempo falamos que o nosso objetivo é retomar patamares históricos de rentabilidade. Já estamos nos aproximando desse patamar e acredito que é possível ir além. Hoje, temos muito mais serviços e oportunidades, com margens (rentabilidade) mais altas”, afirmou Rodrigues.
“Óbvio que, se os juros caírem mais, a gente vai se beneficiar. Mas, mesmo com a taxa ainda elevada, estamos superando nossos objetivos e contornando essa situação (de juros elevados)”, comentou o CFO.