As ações do Magazine Luiza (MGLU3) tiveram sua recomendação de compra rebaixada para neutra pelo J.P. Morgan. O banco norte-americano não estipulou preço-alvo para os papéis da varejista.
A avaliação surge após os analistas da casa revisarem seus cenários para o setor do varejo, vendo uma perspectiva desafiadora para o segmento de itens duráveis de alto valor por conta da pressão de renda disponível dos consumidores de classe média baixa.
Segundo os especialistas do J.P. Morgan, o Magazine Luiza deverá ter um crescimento morno do GMV (volume bruto de mercadoria) em 2023, ao passo que Mercado Livre (MELI34) e Amazon (AMZO34), seus concorrentes, devam ser tornar os maiores beneficiários da crise na Americanas (AMER3).
Além disso, o banco norte-americano espera que a alavancagem da varejista continue elevada neste ano.
Nesta sexta-feira (2), por volta das 15:00 (de Brasília), as ações do Magalu desabavam 5,42%, cotadas a R$ 3,84.
Magalu (MGLU3) vê prejuízo aumentar em 143% no 1T23
O Magalu (MGLU3) relatou um prejuízo de R$ 391,2 milhões no balanço do primeiro trimestre de 2023, alta de 142,5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Já o Ebitda foi de R$ 324,1 milhões, baixa de 4,5% na mesma base de comparação. A margem Ebitda, por sua vez, registrou baixa de 0,3 p.p. (ponto percentual), indo de 3,9% para R$ 3,6%.
Por outro lado, a companhia registrou um aumento de 203% de prejuízo líquido ajustado, somando R$ 309,4 milhões.
O Ebitda ajustado subiu 3,2%, a R$ 448 milhões, e a margem Ebitda caiu 0,1 p.p., para 4,9%. O detalhe é que nestes termos ajustados, é excluída da conta despesas não recorrentes relacionadas, principalmente, a fechamentos de quiosques nas lojas da varejista de moda Marisa, um centro de distribuição.
O Magalu também apontou uma receita líquida de R$ 9,06 bilhões, aumento de 3,5%. A receita bruta apresentou alta de 6,9%, uma soma de R$ 11,3 bilhões.