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Magazine Luiza (MGLU3) pode reverter perdas e ter lucro, afirma BBI

Magalu anunciou aumento de capital de R$1,5 bilhão

Os analistas do Bradesco BBI avaliam que o aumento de capital aprovado pela Magazine Luiza (MGLU3) de R$ 1,25 bilhão, nesta segunda-feira (29) pode ser positivo para a companhia.

De acordo com o banco, o aumento de capital não só alivia o balanço, como também reforça o compromisso da família Trajano em injetar dinheiro no negócio.

Na avaliação do BBI, o aumento de capital vem em um momento favorável, visto que as taxas de juros estão em ciclo de queda e a originação de crédito tende a melhorar, levando a um aumento do consumo discricionário.

“A onerosa estrutura de capital do Magalu – e, portanto, as despesas financeiras – tem sido um dos principais entraves aos resultados financeiros e ao fluxo de caixa nos últimos anos”, lembram Pedro Pinto, do BBI, e Flávia Meireles, da Ágora Investimentos, em relatório divulgado nesta segunda.

Segundo o BBI, com o apoio do aumento de capital e a tendência contínua de expansão de margem, o Magazine Luiza pode reverter as perdes e “finalmente apresentar novo lucro líquido positivo em 2024”.

Por volta das 16h40 (horário de Brasília), as ações da companhia apresentavam valorização de 0,96%, cotadas a R$ 2,10.

Magalu aprova aumento de capital privado de R$ 1,25 bi

O Magazine Luiza anunciou no final da noite de domingo (28) sua intenção de realizar um aumento de capital que pode atingir até R$ 1,25 bilhão por meio de uma subscrição privada. Essa operação envolve a família Trajano, que detém o controle da varejista, e o banco BTG Pactual, liderado por André Esteves. O banco assumirá o financiamento da família Trajano durante esse processo de capitalização.

Conforme delineado no comunicado relevante, a família contribuirá com R$ 1 bilhão, enquanto o BTG Pactual se comprometeu a subscrever até R$ 250 milhões.

Em termos práticos, o banco também estará respaldando a parte investida pelos Trajano. O BTG Pactual realizará a subscrição da parcela de R$ 1 bilhão, exercendo o direito de preferência dos controladores. Por meio de uma operação conhecida como “total swap return” no mercado financeiro, o banco repassará a ele os benefícios financeiros futuros das ações.

O valor de emissão está fixado em R$ 1,95 por ação, situando-se abaixo do fechamento de sexta-feira, que foi de R$ 2,08. Nos últimos 12 meses, os papéis acumulam uma queda significativa de 52,29%. Conforme detalhado pela Magalu, a operação envolverá a emissão de um montante variando entre 608.974.359 e 641.025.641 ações, resultando em um volume de capitalização que oscila entre R$ 1,19 bilhão e R$ 1,25 bilhão. Importante destacar que os acionistas atuais terão direito de preferência nesse processo.

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