Mercado

Magazine Luiza (MGLU3): ações tomam fôlego e fecham em alta

Os papéis do Magalu avançaram 2,13%, cotados a R$ 1,44

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) fecharam em alta no pregão desta quarta-feira (25). Os papéis da varejista avançaram 2,13%, cotados a R$ 1,44. Mais cedo, os papéis da companhia atingiram uma nova marca histórica de menor cotação, a R$ 1,30.

O movimento do mercado desta quarta-feira foi de cautela, com o fôlego dos Treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) e dos Depósitos Interfinanceiros (DIs).

De acordo com o “Broadcast”, os juros futuros adentraram a tarde praticamente estáveis em toda curva, mas o viés de alta junto com o dólar e os rendimentos dos títulos americanos longos foram o suficiente para pressionar ativos cíclicos na Bolsa. Com isso, as principais varejistas, como o Magalu, estiveram boa parte do dia no campo vermelho do Ibovespa.

Conforme análise técnica da Ágora Investimentos, o papel da Magalu atingiu novo suporte, em R$ 1,30 – na mínima do dia –, o que atraiu compradores, gerando o repique de alta.

Magazine Luiza (MGLU3): agência rebaixa nota de crédito

Em agosto, a agência de classificação de risco S&P Global Ratings reduziu a nota de crédito nacional do Magazine Luiza (MGLU3), que passou de “brAA+” para “brAA-”, com perspectiva negativa mantida.

Segundo a agência, o corte da nota de crédito se deve a patamares de alavancagem acima do esperado. Atualmente, o setor de varejo no país vive um momento difícil, impactado, principalmente, pela alta carga tributária.

“Apesar do crescimento de vendas e das medidas que vêm sendo tomadas pela empresa para recuperar a rentabilidade, o ambiente macroeconômico ainda desafiador para o setor de varejo, bem como o impacto da maior carga tributária nas margens, deverão atrasar a desalavancagem em mais um ano”, disse a agência no comunicado emitido no final de agosto.

Dívida de curto prazo supera caixa no 2T23

O Magazine Luiza reportou um dado preocupante no segundo trimestre de 2023. A empresa registrou caixa de R$ 8,1 bilhões no período, o que inclui R$ 5,7 bilhões de recebíveis de cartão de crédito.

Portanto, considerando apenas o caixa disponível, que soma o saldo em caixa com as aplicações financeiras, o total é de R$ 2,5 bilhões, segundo estimativa do TradeMap.

O montante é inferior às dívidas de curto prazo da companhia, com vencimento até o fim de 2024, de R$ 2,8 bilhões. É a primeira vez que as dívidas de curto prazo do Magalu superam o caixa disponível desde o terceiro trimestre de 2016, também de acordo com o TradeMap.