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Magazine Luiza (MGLU3): Itaú BBA corta preço-alvo

Apesar disso, o BBA manteve recomendação neutra para os papéis do Magalu

As ações da Magazine Luiza (MGLU3) tiveram seu preço-alvo cortado de R$ 3,20 para R$ 3,00 pelo Itaú BBA (ITUB4). Apesar disso, o banco brasileiro manteve recomendação neutra para os papéis da varejista.

Em relatório, o time do Itaú BBA incorporou os resultados mais recentes da varejista, bem como previsões do cenário macroeconômico atualizadas e suposições sobre o custo de capital.

Os analistas do banco reiteraram que o modelo atual inclui o estudo fiscal de juros sobre o patrimônio líquido e a isenção de imposto de renda para subvenções a investimentos. Consequentemente, o BBA forneceu estimativas desconsiderando esses efeitos.

Segundo projeções da instituição financeira, o volume bruto de vendas (GMV, na sigla em inglês) online do Magalu deve somar R$ 44,7 bilhões em 2023 e R$ 50,9 bilhões em 2024, queda de 6% e 7% em relação às estimativas anteriores, respectivamente.

No canal de lojas físicas, o Itaú BBA reduziu suas estimativas em 7% para 2023 e em 9% para 2024. Como resultado, é esperado que a receita líquida alcance R$ 38,1 bilhões em 2023 e R$ 41,6 bilhões no ano seguinte.

Além disso, o banco projeta um prejuízo líquido de R$ 672 milhões em 2023, mas um lucro líquido de R$ 202 milhões em 2024, apoiado por ganhos de rentabilidade e previsões de taxas de juros mais baixas.

“Continuamos vendo a empresa bem posicionada para sustentar sua posição como um dos principais players do setor. Mas o dinamismo de curto prazo, mais desafiante do que o previsto, levou a uma revisão em baixa das nossas estimativas”, afirmou o documento do BBA sobre o Magalu.

Magazine Luiza (MGLU3): agência rebaixa nota de crédito

A agência de classificação de risco S&P Global Ratings reduziu a nota de crédito nacional do Magazine Luiza (MGLU3), que passou de “brAA+” para “brAA-”, com perspectiva negativa mantida.

Segundo a agência, o corte da nota de crédito se deve a patamares de alavancagem acima do esperado. Atualmente, o setor de varejo no país vive um momento difícil, impactado, principalmente, pela alta carga tributária.

“Apesar do crescimento de vendas e das medidas que vêm sendo tomadas pela empresa para recuperar a rentabilidade, o ambiente macroeconômico ainda desafiador para o setor de varejo, bem como o impacto da maior carga tributária nas margens, deverão atrasar a desalavancagem em mais um ano”, disse a agência em comunicado sobre o Magalu.