Magazine Luiza (MGLU3) opera em queda de 5% na B3

Com a crise batendo à porta das classes C, D e E, empresas do varejo discricionário têm perdido fôlego desde meados de 2021

As ações do Magazine Luiza (MGLU3) operavam em queda de 5,02%, cotadas a R$ 2,64, por volta das 13h45 desta terça-feira (26). Com a queda, os papéis do Magalu ficaram entre as maiores baixas da bolsa de valores de São Paulo (B3), junto a Via (VIIA3) – sua concorrente direta – que caia cerca de 5,56% nesta tarde. 

Puxando as quedas da bolsa na tarde desta terça, a Qualicorp (QUAL3) despencava 7,5%, com os papéis cotados a R$ 9,25. Mesmo assim, Magalu e Via se destacaram (negativamente) por estarem vivendo uma montanha russa na bolsa, nas últimas semanas. No acumulado de 2022, as ações do Magazine Luiza caíram mais de 60%. Os papéis da Via tiveram queda de 52% no mesmo período.

Com a crise batendo a porta das classes C, D e E, as empresas do varejo discricionário começaram a perder fôlego desde meados de 2021 (pouco depois do varejo dar sinais de recuperação em decorrência da pandemia de covid-19). Isso porque as classes que possuem um menor poder aquisitivo passaram a direcionar a renda para consumo de itens básicos, não sobrando espaço para o consumo de itens vendidos por Magazine Luiza e Via, por exemplo, como TVs, geladeira, entre outros.

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A inflação e a Selic em alta dificultam a vida dessas empresas, já que o poder de compra da população acaba sendo afetado diretamente pelo cenário macroeconômico doméstico (e global). 

Especialistas alertaram, recentemente, em entrevista ao BP Money, que apesar do Estado estar, de certa forma, “injetando dinheiro na população” (com o Pacote de Bondades), as pessoas não estão com folga para comprar itens que não são de uso primário (vendidos por Magazine Luiza e Via), como ocorreu nos dois primeiros anos de auxílio em decorrência da pandemia de coronavírus. Por outro lado, segundo os especialistas, o varejo alimentício deve ser o principal “beneficiado” pelos novos auxílios do governo à população.