SP

Marçal vota 'descalço' pouco antes do fechamento das urnas

Marçal chega 5 minutos antes do fechamento das urnas e fala sobre laudo falso contra Boulos: 'foi uma postagem de boa-fé'

Pablo Marçal vota / Reprodução
Pablo Marçal vota / Reprodução

O empresário Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, registrou seu voto na tarde deste domingo (6), durante o primeiro turno das eleições, no Centro Educacional Brandão, localizado em Moema, Zona Sul da capital.

Em contraste com a formalidade habitual dos demais candidatos, Marçal compareceu vestindo bermuda e descalço.

Diferente dos outros concorrentes, que votaram pela manhã, Marçal optou por votar apenas no final do dia, chegando ao local cerca de cinco minutos antes do fechamento das urnas.

Instantes antes de sua chegada, a Alameda dos Tupiniquins foi tomada por uma grande concentração de apoiadores. Muitos usavam bonés com o símbolo “M”, característico da campanha de Marçal, enquanto outros eleitores se aglomeraram ao redor, próximos aos carros estacionados e em áreas adjacentes.

“Na verdade eu marquei com a imprensa 16h30 e escolhi vim nesses últimos minutos. Vim descalço para mostrar meu sentimento de como foi a perseguição nessa campanha eleitoral. Um candidato ficar sem seu único meio nas últimas horas, uma decisão completamente desproporcional. Decidi vim nos últimos minutos para falar que os últimos serão os primeiros”, declarou Marçal após a votação.

Justiça suspende rede social de Marçal na véspera da eleição 

Justiça Eleitoral determinou a suspensão do perfil do candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), na rede social Instagram, na noite de sábado (5). A medida veio após o candidato publicar uma foto de um receituário falso que comprovaria que o também candidato Guilherme Boulos (PSOL) teria feito uso de cocaína.

A determinação da Justiça implica na suspensão da conta por 48 horas.

A decisão foi proferida pelo juiz Rodrigo Capez e motivada por uma denúncia de Boulos. O juiz apontou que a conta de Marçal tem sido utilizada para espalhar “fatos infamantes e inverídicos” e ainda mencionou indícios de pelo menos quatro crimes eleitorais.

Segundo a autoridade, a divulgação da foto ocorreu estrategicamente, às vésperas do pleito, com um intuito evidente de interferir no processo eleitoral. Além da suspensão do perfil, conforme informações da “Gazeta”, Capez solicitou que a Polícia Federal investigue o caso.