Uma nova gigante do mercado de proteínas estreia na Bolsa de Valores brasileira. A partir desta terça-feira (23), a Marfrig (MRFG3) passa a negociar sob o novo ticker MBRF3, da MBRF, companhia resultante da fusão entre a Marfrig e a BRF (BRFS3).
O processo foi conturbado, enfrentando resistência de investidores desde o anúncio do negócio, em maio deste ano. O incômodo estava na relação de troca das ações que, na avaliação dos acionistas minoritários, favorecia apenas a Marfrig, empresa controladora.
Contudo, no início de setembro, as companhias receberam o aval final para a operação. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, sem restrições, a incorporação da BRF pela Marfrig, formalizando a criação da nova empresa.
BRF e Marfrig: fusão cria gigante com receita de R$ 160 bilhões
As empresas de alimentos e processadoras de carnes Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) anunciaram, na segunda-feira (22), a conclusão da fusão. O movimento dá origem à MBRF, que será listada na B3 com o ticker MBRF3 a partir desta terça-feira (23).
Com receita líquida anual de cerca de R$ 160 bilhões — sendo 38% do portfólio composto por produtos processados —, a MBRF reúne marcas icônicas como Sadia, Perdigão, Qualy, Bassi e Banvit, com presença em 117 países.
Nova estrutura da MBRF
“Sua plataforma multiproteínas amplia a competitividade, aumenta as opções para seus clientes e fortalece a capacidade de inovação para atender às necessidades dos consumidores”, afirmou a nova companhia, de acordo com o InfoMoney.
Miguel Gularte, CEO da BRF, foi nomeado presidente-executivo da MBRF, com reporte ao chairman Marcos Molina, fundador da Marfrig e controlador da nova organização.