Múltiplos descontados

Marfrig (MRFG3) saltou 63% em 2024; para Morgan Stanley rali não acabou

A tese do banco é que o desempenho operacional sólido deve ser suficiente para compensar a alta do custo

Marfrig
Marfrig / Foto: Divulgação

Após avançar 63% em 2024, as ações da Marfrig (MRFG3) começaram 2025 com queda de 7%, especialmente devido a receios sobre o ciclo bovino nos EUA e a alavancagem da empresa.

Mesmo com um início de ano pouco favorável, o Morgan Stanley acredita que o pessimismo em torno dos papéis é exagerado. Em relatório publicado nesta quarta-feira (29), a equipe liderada por Ricardo Alves reforçou sua recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 19,50 para o final de 2025. O valor representa um potencial de valorização de 25%.

A tese do banco é que o desempenho operacional sólido deve ser suficiente para compensar a alta do custo de capital e do câmbio, que impacta a dívida da companhia.

Um dos principais argumentos dos analistas do Morgan Stanley é que a Marfrig está sendo negociada a múltiplos descontados. Atualmente, a companhia opera a 5,4 vezes EV/EBITDA para 2025, em linha com sua média histórica pré-BRF. Segundo o banco, esse patamar não reflete corretamente a nova estrutura da empresa.

Com uma participação de 50% na dona da Sadia e da Perdigão, que tradicionalmente negocia a múltiplos entre 6x e 7x, a Marfrig passou a ter um perfil diferente, como destacou a Exame.

BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) despencam após casos de gripe aviária nos EUA

Na sessão desta terça-feira (21), os papéis de frigoríficos se destacaram entre as baixas do Ibovespa. O movimento repercutiu o anúncio de casos de gripe aviária na Geórgia, nos EUA, que é um dos principais produtores de frango. A BRF (BRFS3) fechou com queda de 6,61% e liderou as perdas, enquanto a Marfrig (MRFG3) veio logo em seguida, com baixa de 4,04%.

Além da BRF, outra exportadora de carne brasileira da Bolsa, a JBS (JBSS3), dona da Seara, teve baixa mais tímida, mas ainda assim caiu 1,84%.

Após a confirmação de um caso de gripe aviária altamente patogênica em uma propriedade do condado de Elbert, o estado da Geórgia decidiu, no sábado (18), suspender temporariamente todas as atividades relacionadas à avicultura e as vendas de aves.

Um comunicado foi emitido pela  ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) para seus membros informando sobre a confirmação de um surto de Influenza Aviária em aves comerciais no estado da Geórgia, na segunda-feira (20).

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