A Marisa (AMAR3) quitou parte do aluguel devido desde o início do ano ao fundo imobiliário Brasil Varejo (BVAR11), segundo fato relevante divulgado pela carteira na última sexta-feira (23). A varejista é responsável por mais de 80% do faturamento do FII.
De acordo com o BVAR11, são 40 lojas alugadas para a Marisa, que desde janeiro não pagava o aluguel.
“[O fundo recebeu] 50% do aluguel devido das competências de abril e maio de 2023, de 20 dos 40 imóveis locados pela empresa”, disse o fato relevante. “A inadimplência representa um impacto negativo no resultado do fundo de aproximadamente R$ 25,36 por cota”, acrescentou o FII.
Por conta da inadimplência da varejista, o fundo não distribuiu dividendos entre fevereiro e maio. Este mês, a carteira anunciou o pagamento de R$ 35,10 por cota – que custaria por volta de R$ 1.100 reais considerando o valor patrimonial do fundo.
Em maio deste ano, a Marisa havia anunciado a intenção de fechar 91 lojas este ano. Somente entre março e abril, a rede já fechou 25 unidades.
Marisa (AMAR3): Conselho aprova programa de recompra de ações
A Marisa (AMAR3) anunciou, em fato relevante nesta sexta-feira (23), a aprovação pelo Conselho de Administração do programa de recompras, que visa adquirir até 295,79 mil ações ordinárias, ou 0,19% do total de ações em circulação de emissão da companhia.
Nesse sentido, o prazo para a operação será de 18 meses, sem redução do capital social da Marisa. Atualmente, a varejista detém 156,848 milhões de ações em circulação no mercado. Sendo assim, a companhia visa fazer frente à entrega de ações no âmbito dos planos de opções, de ações restritas e de outorga de ações, medidas que foram aprovadas em Assembleias Gerais Extraordinárias (AGE).
Na última sexta-feira, as ações da Marisa não avançaram e nem recuaram, cotadas a R$ 0,97.