A Marisa (AMAR3) emitiu fato relevante nesta terça-feira (1º) comunicando ao mercado que o seu Conselho de Administração elegeu Daniel Charleaux Roque como diretor executivo comercial da companhia.
A varejista informa que nesta função ele será responsável por todas as atividades relacionadas com a formulação e o desenvolvimento de produtos, sua precificação, assim como pelo planejamento de vendas (incluindo marketing, inovação e sourcing), além de comandar o desenvolvimento do Canal Digital.
Daniel Charleaux é formado em Engenharia pela Unesp e tem importante experiência no varejo, segmento no qual já atua há 15 anos. Ingressou na Marisa em novembro de 2020 e tem sido, e auxiliou na construção e implementação da transformação comercial como Diretor de Planejamento e Abastecimento. Mais recentemente, assumiu a responsabilidade pela reestruturação do Canal Digital.
Com essa nomeação a Marisa termina a reformulação da sua gestão. Os diretores executivos são estatutários. Veja quem são:
– Diretora Executiva de Finanças: Roberta Ribeiro Leal
– Diretor Executivo de Operações e Tecnologia: Alexandre Abreu de Andrade
– Diretor Executivo Comercial: Daniel Charleaux Roque
– Diretora da Divisão de Pessoas, Comunicação e Sustentabilidade: Marilia Gonçalves de Oliveira
– Diretor da Divisão de Serviços Financeiros: Alexandre Hideo Kitahara
Marisa fecha 88 lojas e prevê ‘caixa extra’ de R$ 35 mi
O CEO da Marisa, João Pinheiro Nogueira Batista, afirmou que será necessário fazer reajustes no modelo de negócio da companhia. Em entrevista ao “NeoFeed”, o ex-diretor financeiro da Petrobras (PETR3;PETR4), afirmou que as mudanças levarão tempo.
“Estamos encerrando essa primeira etapa dentro do cronograma e investimento menos do que planejamos. Isso dá mais credibilidade para os próximos passos”, explicou Batista.
No dia 17 de julho, a empresa deu oficialmente um passo nessa direção ao concluir a operação de fechamento de 88 lojas.
A Marisa informou, por meio de fato relevante, que o processo resultará em uma potencial captura de Ebitda de cerca de R$ 40 milhões em 2023 e de R$ 60 milhões a partir de 2024. Além disso, a varejista destacou que a ação viabilizará uma geração extra de caixa de aproximadamente R$ 35 milhões por ano. A empresa também espera adicionar mais R$ 10 milhões por meio da otimização de serviços de terceiros e outras despesas.
A empresa detalhou no documento entregue à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) os progressos relacionados ao processo de renegociação de dívidas com fornecedores. A empresa destacou que já alcançou a expressiva marca de aproximadamente 90% do total de fornecedores e 97% do total da dívida com seus parceiros de revenda.
Quanto aos aluguéis, a rede varejista informou que conseguiu firmar acordos com mais de 80% dos proprietários, demonstrando avanços significativos nessa frente também.
Além do fechamento das lojas, que havia sido previamente mencionado em março pelo NeoFeed, existem outros pilares na reestruturação planejada por Batista para a Marisa. Entre eles estão a revisão da operação do Mbank, a divisão financeira do negócio, e a redução de custos operacionais.