As ações da Marisa (AME3) despencaram no pregão do Ibovespa desta segunda-feira (18). Os papéis da empresa recuaram 8,70% na bolsa cotadas a R$ 0,63. O mercado reagiu mal ao movimento da varejista transferir seu balcão de crédito para Credsystem.
Com a operação, Marisa espera atingir o volume de receita total superior a R$ 7 bilhões no prazo de 15 anos. Para a Marisa, sem considerar o desconto de impostos, existe um potencial de lucro na ordem de R$ 1 bilhão.
Com a nova parceria, o processo de reformulação do negócio de crédito e cartões poderá permitir à Marisa o valor presente líquido de R$ 400 milhões. A cifra inclui pagamentos da Credsystem à Marisa nos próximos 12 meses e o montante a ser recebido na divisão de lucros prevista.
A reação negativa do mercado, no entanto, está baseada no fato da venda não incluir a atual carteira de crédito da Marisa, afirma o analista da Empiricus Research, Fernando Ferrer. A carteira roda com um nível de inadimplência na casa dos 20%.
Além disso, o analista destaca que as ações da companhia, que são negociadas na casa dos centavos, têm “pouca liquidez”. “Qualquer coisa faz os papéis se movimentaram muito”, explica Ferrer.
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Conselho aprova proposta de grupamento de ações
O Conselho de Administração da Marisa aprovou na última semana de agosto, a proposta de grupamento das 342.842.912 ações ordinárias de emissão da companhia, na proporção de cinco papéis para formar um novo papel, sem alteração no valor do capital social da varejista.
Com isso, a Marisa convocou uma assembleia geral de acionistas a ser realizada no dia 22 de setembro de 2023, às 09 horas (de Brasília), para deliberar sobre o tema.
Se o grupamento for aprovado, tomando como base o fechamento das ações nesta quinta, de R$ 0,67, os papéis passariam a valer R$ 3,35.
No acumulado de 2023, os papéis da Marisa já caíram 46,4%, enquanto acumulam baixa de 73,51% nos últimos doze meses, em meio às dificuldades operacionais e financeiras da empresa.
