A fintech Marvin entrou no mercado com a proposta de mudar o mercado de recebíveis de cartão de crédito. A companhia fundada por Bernardo Vale e Henrique Echenique tem menos de um ano, mas já atraiu um forte aporte financeiro. Na última rodada, que foi concluída nesta quarta-feira (25), a empresa garantiu mais US$ 15 milhões.
A rodada de série A é liderada pela companhia de venture capital norte-americana Caanan, que possui mais de 70 IPOs e 145 fusões. Os fundos Canary e Mauá Capital também participaram da rodada.
“Conversamos com muitos fundos e o encaixe com a Canaan foi indiscutível. Fora isso, também priorizamos um time de investidores que poderia nos ajudar a crescer”, afirma Vale em entrevista a “Exame”.
Importantes investidores-anjo estão apostando na Marvin, entre eles o cofundador da Rappi, Juan Ortega, Lucas Amoroso, fundador da Lupa Capital e Doug Scherrer, ex-CFO do Nubank.
O aporte financeiro ocorre em um momento de diversas demissões em startups e investidores questionando os riscos de colocar capital em empresas de crescimento acelerado.
A Marvin tem a estratégia de destravar as vendas da grande indústria e do pequeno varejo. A companhia permite que os lojistas utilizem os valores a receber nas maquininhas de cartão como saldo para pagar fornecedores. Dessa maneira, os lojistas mantêm capital de giro.
“Considerando que um estabelecimento recebe por exemplo, um pagamento dali a 30 dias, mas precisa do recurso agora para pagar seu fornecedor, ele gasta muito com cada pedido de antecipação de recebível”, explica o fundador.
Marvin: Investimento será importante para conseguir novos talentos
O investimento irá servir para atrair novas contratações. “Os objetivos serão basicamente os mesmos que nas últimas captações: queremos crescer nosso time e trazer gente boa e experiente”, declara Vale em entrevista a “Exame”.
A empresa também vai injetar dinheiro em marketing para eventos de comunicação interna. “A nossa venda endossada é o que traz confiança”, afirma o fundador da Marvin.