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Maxmilhas é incluída em recuperação judicial da 123 Milhas

As duas agências de viagens fazem parte do mesmo grupo empresarial

A Maxmilhas teve seu pedido acatado pela Justiça de Minas Gerais e agora está incluída no mesmo processo de recuperação judicial da 123 Milhas. As duas agências de viagens fazem parte do mesmo grupo empresarial.

Com a medida, determinada pela juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, ficam suspensas todas as ações e execuções contra a Maxmilhas e a Lance Hotéis, adquirida pela empresa, por 180 dias.

A Maxmilhas fez o pedido em setembro, alegando que foi afetada pela “crise de credibilidade da 123 Milhas”.

Em 18 de agosto, a 123 Milhas suspendeu a emissão de passagens e pacotes de viagens de sua linha promocional, entre os meses de setembro e dezembro. Com isso, a Maxmilhas alegou que sofreu uma venda “abrupta” das vendas, com queda de 70% do faturamento com passagens aéreas e de 90% da receita de hospedagens em 30 dias.

Com informações do portal Metrópoles, parceiro do BP Money.

Maxmilhas entra com pedido de recuperação judicial

A Maxmilhas, empresa que faz parte do grupo 123 Milhas desde janeiro deste ano, entrou com pedido de recuperação judicial em setembro, no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

A empresa que já fazia parte do grupo que entrou com pedido de recuperação judicial no dia 29 de agosto, não foi integrada no processo. No entanto, vale destacar que a Maxmilhas possui uma operação independente.

“Apenas não compuseram o pedido inicial, pois, naquele momento, por volta do final do mês de agosto de 2023, não se encontravam em grave crise financeira“, diz o pedido de RJ.

Nesse sentido, no documento enviado à Justiça, a Maxmilhas alega gravidade na situação e pede urgência para que consiga honrar com seus compromissos financeiros. Além disso, a companhia alega que foi afetada pela crise enfrentada pela 123 Milhas, por conta das atividades estarem “entrelaçadas”.

Ao justificar o pedido de recuperação judicial, a Maxmilhas diz que, “dada a gravidade da crise que vem sendo enfrentada pelas Requerentes, com diversas determinações de bloqueios, escassez de acesso a crédito e vencimento antecipado de contratos, não lhes restou alternativa que não o protocolo do presente pedido nesta data, sob pena de não conseguirem preservar suas atividades”, explica.

Em nota à imprensa, a Maxmilhas destaca que seus produtos não serão suspensos e que não irá cancelar passagens ou reservas de hospedagens de seus clientes. A companhia reforça ainda que “mantém suas atividades e que segue trabalhando com o compromisso de continuar promovendo novas viagens para os seus clientes”.