No MAXR11, dividendo cai pela metade com Americanas

O FII Max Retail (MAXR11) anunciou que distribuirá aos investidores R$ 0,3161 por cota em fevereiro

O FII Max Retail (MAXR11) anunciou que distribuirá aos investidores R$ 0,3161 por cota em fevereiro, menos da metade do dividendo repassado no mês anterior – de R$ 0,67 por cota. 

O recurso representa um dividend yield (taxa de retorno com dividendos) mensal de 0,54% e reflete o impacto da crise financeira da Americanas (AMER3) na operação da carteira. A varejista é locatária do fundo. 

“A distribuição de rendimentos divulgada na data de 07 de fevereiro de 2023, referente à locação do mês de dezembro de 2022, foi impactada em aproximadamente R$ 0,44 por cota”, confirma trecho do relatório gerencial do MAXR11, que trata exatamente da recuperação judicial da Americanas. 

Em janeiro, a gestão do fundo sinalizou que não recebeu da varejista o aluguel referente a dezembro. O valor de R$ 514 mil havia sido incluído na lista de dívidas da companhia. Dos nove imóveis do fundo, quatro estão locados atualmente para a Americanas, segundo relatório gerencial divulgado pela carteira em dezembro do ano passado. 

O receio do FII administrado pelo BTG Pactual (BPAC11) já havia sido antecipado pelo BP Money que apurou que cerca de 60% da receita do FII é oriunda do aluguel de lojas para a varejista. 

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem em janeiro, havia um temor de que a Americanas não consiguiria arcar com os alugéis já no curto prazo e, também, optasse pelo fechamento de parte das lojas, em um plano de reestruturação. 

A empresa ocupa lojas do portfólio do fundo em Taguatinga (DF), Vitória (ES), Belém (PA) e Maceió (AL). Juntos, os espaços somam uma área de cerca de 32 mil metros quadrados dos quase 60 mil metros quadrados de ABL total do fundo – aproximadamente a metade.

Americanas (AMER3): Sicupira assume negociação com credores

Carlos Sicupira, um dos principais acionistas da Americanas (AMER3), assumiu as negociações com os bancos credores. O membro do conselho da varejista está conversando com cada instituição financeira separadamente, e os bancos estão avaliando as negociações como positivas. As informações são da “Bloomberg”. 

Até o momento, nenhuma proposta concreta para apaziguar os credores foi feita, segundo a “Bloomberg”. Os credores querem uma injeção de capital combinada de pelo menos R$ 15 bilhões, enquanto o trio de acionistas de referência da Americanas, formado por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, não ofereceram mais de R$ 6 bilhões.

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