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Méliuz (CASH3): BTG Pactual reitera compra e corta preço-alvo

Os analistas ressaltaram que as ações da companhia acumulam 40% de queda

O BTG Pactual reavaliou suas perspectivas para as ações de Méliuz (CASH3). O banco reiterou  sua recomendação de compra, cortanto o preço alvo de R$ 18,00 para R$ 10,00.

Nesse sentido, os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura pontuaram no relatório que os papéis de Méliuz acumulam 40% de queda desde o pico de sua valorização no ano, em agosto.

Desse modo, entre os fatores que contribuíram para o movimento negativo das ações da companhia na Bolsa de Valores foram, o anúncio de que Méliuz seria removida do Ibovespa; o adiamento do seu Investor Day; e por fim, as preocupações sobre a saúde financeira de alguns clientes importantes de comércio eletrônico.

No entanto, o  BTG Pactual tranquilizou os investidores, sinalizando que assim que a venda do Bankly for aprovada, a Méliuz vai ter posição de caixa de aproximadamente R$ 600 milhões. O que representaria cerca de 125% do valor de mercado.

Além disso, os analistas do banco mantiveram a projeção de um EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em R$ 22 milhões no próximo ano, mas a projeção CAGR dos próximos sete anos foi reduzida de 31,0% a 7,0%.

Na avaliação deles, os papéis oferecem uma vantagem decente, uma vez que assumem que o negócio não vai entrar em colapso.

Méliuz reduz prejuízo no 2T23 em 73%

A Méliuz (CASH3) divulgou ao mercado no início de agosto, os resultados do balanço do segundo trimestre de 2023 (2T23). A companhia reportou um prejuízo líquido consolidado de R$ 6,3 milhões, uma melhora de  73% frente ao mesmo período do ano anterior.

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Nesse sentido, a Méliuz somou uma receita líquida R$ 72,2 milhões entre abril e junho deste ano, crescimento de 1% na comparação com mesmo período em 2022. O Ebitda ajustado (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo R$ 11,7 milhões nesse período, uma melhora de 57% em relação ao 2T22.

Entre abril e junho deste ano, o volume de vendas brutas (GMV) da Méliuz foi equivalente a R$ 1,221 bilhão, registrando uma queda de 5% em comparação ao mesmo período do ano anterior. 

Além disso, o volume total de pagamentos (TPV) atingiu R$ 526,9 milhões, revelando uma redução significativa de 34% em relação ao segundo trimestre de 2022. As despesas operacionais, totalizando R$ 86,1 milhões no 2T23, demonstraram uma diminuição de 23% em relação ao mesmo intervalo em 2022.

Em 30 de junho de 2023, o caixa líquido e seus equivalentes consolidados totalizaram R$ 395,8 milhões, representando uma diminuição de 10% em relação à mesma fase do ano anterior. 

Em termos de desempenho ao longo do ano, a Méliuz observou uma queda de 6% no GMV em relação aos primeiros três meses do ano. A empresa atribui essa diminuição à sazonalidade do segundo trimestre, historicamente caracterizado por um menor volume de vendas no cenário do comércio eletrônico no Brasil.

“Estamos otimistas com o resultado do e-commerce Brasil para o segundo semestre do ano, dado que sazonalmente se trata de um período com maior volume de vendas. Outras variáveis externas, como por exemplo o início da queda da taxa de juros no Brasil, devem impactar positivamente o setor no longo prazo”, diz ainda a empresa.