Segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), as ofertas no mercado de capitais alcançaram R$ 268,2 bilhões entre janeiro e maio, número recorde nesse intervalo.
Ainda de acordo com a Anbima, o volume de captação do mercado de capitais teve alta de 150,3%, quando comparado ao mesmo período de 2023.
Somente em maio, essas ofertas somaram R$ 73,4 bilhões, avanço anual de 227%.
Considerando o acumulado do ano, as ofertas de renda fixa chegaram ao total de R$ 239,6 bilhões, melhor resultado da série histórica para o período, de acordo com o “Valor”.
Contudo, a renda variável no mercado de capitais não emitiu ofertas em maio, sendo assim, os follow-ons seguiram com a soma de R$ 4,9 bilhões no ano.
“A possibilidade de que o ritmo de queda da Selic seja reduzido diante das incertezas no cenário internacional e do quadro fiscal doméstico reforça a perspectiva de que as emissões de renda fixa continuem sendo predominantes ao longo do ano”, comentou o presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais Anbima, Guilherme Maranhão.
Mercado de capitais: categorias tem altas surpreendentes
O destaque da renda fixa foram as debêntures, com soma de R$ 160,6 bilhões, outro valor recorde, com alta de 204% em 1 ano.
Cerca de 31,9% dos recursos foram destinados à gestão ordinária, enquanto outros 25,6% foram para infraestrutura.
Os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios) foram líderes nos instrumentos de securitização, com R$ 27,2 bilhões de emissões em 2024.
Ao passo que os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e os CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) também tiveram captações recordes, em R$ 26,3 bilhões e R$ 17,7 bilhões, em sequência.
Já os FIIs (Fundos de Investimentos Imobiliários) também alcançaram um número histórico no período, com o total de R$ 22,7 bilhões em ofertas, alta de 288,8%.