EUA

Mercado já vê chance de Fed ter que fazer corte emergencial nos juros

Aposta é de que o banco central americano vai precisar flexibilizar a política monetária agressivamente

Fed nos EUA
Fed nos EUA / Foto: Freepik

O mercado de títulos de renda fixa nos EUA começa a especular que a economia americana está se deteriorando de forma tão acelerada que o Federal Reserve (Fed) poderá ser forçado a afrouxar sua política monetária de maneira significativa — possivelmente antes de sua próxima reunião programada — para evitar uma recessão.

As preocupações com a inflação praticamente desapareceram, sendo substituídas pela especulação de que o crescimento econômico vai estagnar, a menos que o banco central americano comece a reduzir as taxas de juros.

O mercado de swaps agora estima uma probabilidade de aproximadamente 60% de um corte emergencial de 0,25 ponto percentual dentro de uma semana.

No mercado de títulos do Tesouro americano, a taxa de rendimento dos títulos de dois anos caiu quase 0,19 ponto percentual nesta segunda-feira, para menos de 3,7%, após já ter diminuído 0,50 ponto percentual na semana passada.

Esta taxa não estava tão abaixo da taxa básica efetiva no mercado interbancário, de cerca de 5,3%, desde a crise financeira global ou o estouro da bolha das pontocom no início do século.

Preocupação do mercado

“A preocupação do mercado é que o Fed esteja atrasado e que estejamos passando de um pouso suave para um pouso forçado”, disse Tracy Chen, da Brandywine Global Investment Management.

Para este ano, os contratos de juros futuros já precificam uma redução superior a 1,25 ponto percentual até dezembro, com apenas mais três reuniões programadas.

No caso do Banco Central Europeu (BCE), o mercado agora prevê um corte de 0,50 ponto percentual em setembro, com um total de 0,90 ponto percentual de flexibilização precificado para o restante do ano.

O sentimento mudou drasticamente após uma série de dados revelar um mercado de trabalho mais fraco nos EUA e um esfriamento em vários setores da economia.

Os temores de uma desaceleração econômica e a demora do Fed em reduzir as taxas de juros até agora alimentam um pessimismo que se espalhou pelos mercados globais.

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