O Mercado Livre (MELI34) irá apresentar uma alta de 46% na receita do terceiro trimestre, de acordo com o Goldman Sachs. Segundo projeções da casa, a companhia de comércio eletrônico ainda terá um crescimento de GMV (volume bruto de mercadorias) em 19% no Brasil, para US$ 3,935 bilhões, e uma margem de lucro operacional de 7,6%.
Apesar de prever uma alta na receita, a instituição financeira norte-americana cortou o preço-alvo da empresa argentina, para US$ 1.500. A recomendação de compra foi mantida.
Os analistas do Goldman Sachs escreveram que, apesar de estimar uma receita maior para o terceiro trimestre, as projeções dos próximos anos para a empresa de varejo não foram alteradas.
“Nossas estimativas para 2022-24 permanecem praticamente inalteradas”, concluíram.
Para 2022, os analistas da casa esperam que o MercadoCredito, do MercadoPago, represente cerca de 20% das receitas, mas até 43% do Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do Mercado Livre.
Mercado Livre (MELI34): banco corta preço-alvo
No final de setembro, as ações do Mercado Livre (MELI34) tiveram seu preço-alvo cortado pelo Goldman Sachs. O banco decidiu estipular o preço de US$ 1.520, ante US$ 1.530.
Apesar de cortar o preço-alvo, os analistas do grupo financeiro acreditam que a empresa argentina possa atingir uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de receita nos próximos 5 anos na faixa de 15% a 20%.
“Embora o crédito contribua para a lucratividade geral e ganhos de margem futuros, acreditamos que os anúncios continuam sendo um fator de margem amplamente subestimado”, escreveu em relatório o Goldman Sachs.
“Contribuições crescentes de empresas de alta margem em empréstimos e os anúncios terão um papel, mas também vemos potencial para alavancagem operacional significativa”, completou.
O grupo financeiro projeta que a margem operacional do Mercado Livre chegue a 10,2% em 2024 e 16,0% em 2027.