O Mercado Livre (MELI34) pretende investir R$ 23 bilhões no Brasil em 2024, um incremento de 21% em comparação ao que foi investido no ano anterior e mais que o dobro do que foi desembolsado em 2021. A declaração foi dada por Fernando Yunes, vice-presidente sênior e principal executivo no país.
O foco central da empresa será a área de logística, segmento que concorrentes como Shopee e Amazon também vêm investindo mais ao longo dos últimos anos. No montante de R$ 23 bilhões, está incluída a abertura de um centro de distribuição em Pernambuco, para ampliar a estrutura na região Nordeste.
Estados do Centro-Oeste e Sul do país são regiões que podem ser contempladas com novas centrais, a depender das negociações. Se isso avançar, o total de centrais no país passará de 10 para 13 em 2024.
O Brasil é 53% da receita líquida anual do Mercado Livre (MELI34) e a operação recebe o maior volume de investimento global do grupo, sediado no Uruguai.
Há anos seguidos, os investimentos anunciados pelo Mercado Livre são recordes e incluem também montantes relativos a despesas operacionais — que a empresa chama de “despesas estratégicas”. Isso tende a elevar a soma total.
Mercado Livre (MELI34): balanço do 4T23 fica abaixo do esperado
O Mercado Livre (MELI34) apresentou um lucro líquido de US$ 165 milhões no quarto trimestre de 2023. Na perspectiva da Genial Investimentos, a empresa teve um resultado abaixo do esperado pelo mercado.
Contudo, a Genial sinaliza que o Mercado Livre (MELI34) registrou tendência de crescimento, tanto na fintech, quanto no e-commerce.
“Os números do trimestre foram impactados por despesas não recorrentes. Dado esse efeito, o resultado operacional e o lucro do período vieram abaixo de nossas expectativas e também abaixo do consenso”, disse a Genial, como foi antecipado pela “Suno”.
A empresa reportou uma alta de 40%, na comparação anual, no volume de vendas consolidado, a US$ 13,4 bilhões. O crescimento de itens vendidos impulsionou o desempenho no trimestre.
No Brasil e no México, os itens vendidos registraram elevação de 43% e 47%, respectivamente, seguindo a comparação anual.
Na Argentina, a empresa segue crescendo acima da inflação, com alta de 37%, na mesma base comparativa. O dado foi impulsionado pelo aumento de 22% no número de itens vendidos.