Numa semana extremamente volátil, o mercado sofreu os efeitos da chamada “ansiedade do investidor”. Na segunda-feira (5), as bolsas globais amanheceram em queda, em meio ao receio de uma possível recessão nos EUA, após o país divulgar dados econômicos fracos.
O destaque da contração foi para as bolsas japonesas, que registraram quedas significativas. O ministro de Finanças do Japão chegou a pedir “calma” aos agentes de mercado.
As tensões foram diminuindo ao longo da semana, após dados mostrarem que a desaceleração da atividade econômica nos EUA poderia não ser tão forte assim, “com o Ibovespa inclusive acumulando ganhos na semana”, comentou o economista e sócio da Nomos, Alexsandro Nishimura.
No Brasil, no cenário macroeconômico, o destaque foi a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), disse Nishimura. Divulgado na última terça-feira (6), o documento afirmou explicitamente que os membros do comitê estão prontos para elevar a Selic (taxa básica de juros) “caso julguem necessário”.
Após os dados econômicos serem divulgados, o Ibovespa registrou ganhos nos próximos pregões, como pontuou Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos. Assim, o índice fechou a semana no azul, chegando aos 130 mil pontos na sexta-feira (9).
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Além disso, no radar corporativo, o destaque da semana foi para os balanços trimestrais, que movimentaram os mercados. O destaque negativo foi o balanço da Petrobras (PETR4), divulgado na quinta-feira (8), que reportou seu primeiro prejuízo em quatro anos.
O que vai movimentar o mercado na próxima semana
Na semana iniciada em 12 de agosto, analistas ouvidos pelo BP Money apontaram que, tradicionalmente, o Relatório Focus deve ditar o tom da bolsa brasileira na segunda-feira.
A partir de terça-feira (13), a atenção do mercado deve se voltar para dados norte-americanos — eles trarão sinais sobre a saúde da economia do país. Além disso, Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, sinalizou que membros do Fomc — Comitê Federal de Mercado Aberto — devem discursar.
O movimento deve dar sinais sobre os próximos passos dos formuladores de política monetária norte-americanos. Já é um consenso no mercado que deve haver um corte de juros por parte do Fed (Federal Reserve), Banco Central dos EUA. A real questão para os especialistas é qual será a intensidade desse corte.
Já no Brasil, além da semana ser marcada pelo fim da temporada de balanços, que afeta as ações de empresas, outro ponto importante é a divulgação de dados dos setores de varejo e serviços. Bem como a prévia do PIB (Produto Interno Bruto) nacional.
