Mercado revisa as projeções do PIB

Após o crescimento de 1% no primeiro trimestre, os investidores ficaram mais otimistas com o crescimento econômico

O crescimento de 1% do PIB (Produto Interno Bruto)  no primeiro trimestre, que foi disponibilizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última quinta-feira (2), fez com que o mercado revisse as projeções de crescimento da economia brasileira para este ano.

Diversas instituições financeiras aumentaram as previsões para o PIB de 2022. Entre elas, está o BNP Paribas, que foi de -0,5% para 1,5%, JPMorgan (1% para 1,2%), Citi (0,7% para 1,4%) e Santander Brasil (0,7% para 1,2%).

De acordo com uma nova pesquisa do “Estadão/Broadcast” com economistas de 28 instituições, o PIB brasileiro deve avançar 1,5% neste ano, considerando todas as medianas das respostas. Segundo os especialistas, o impulsionamento do setor de serviços é compatível com um quadro mais otimista para a economia do Brasil.

PIB: IBGE revisa crescimento da economia em 2021 e reforça otimismo 

O IBGE também revisou os dados do PIB do quarto trimestre de 2021 para cima (de 0,5% para 0,7%), o que ajudou a ilustrar o momento mais positivo.

A economista-sênior da Az Quest, Mirella Hirakawa, aumentou a projeção de 1,2% para 1,5% em 2022. “A história do primeiro trimestre é de um crescimento muito maior do que se esperava dois meses atrás, principalmente depois da divulgação dos dados de março, e a revisão dos dados do quarto trimestre contribui para essa história”, afirmou Hirakawa em entrevista ao “Estado de S.Paulo”. “A gente mantém, mesmo depois dessa revisão do número de 2022, um balanço assimétrico para cima no ano”, acrescenta.

O coordenador do Departamento Econômico do Banco ABC Brasil, Daniel Xavier, também elevou a projeção do PIB, de 1,2% para 1,6%. “O que vemos de atividade na primeira metade do ano também é fruto da inexistência dos efeitos da política monetária, que deve pesar mais no segundo semestre. Nossos indicadores sugerem uma variação positiva para serviços, varejo e indústria no segundo trimestre, mas com uma trajetória cadente”, avalia Xavier em entrevista ao “Estadão”.

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