Na primeira semana de setembro, o mercado está num ritmo mais lento, com feriados nos EUA, que devem reduzir a liquidez dos mercados na segunda-feira (2). No Brasil, as atenções do dia estarão voltadas para o Boletim Focus.
No Brasil e no exterior, a agenda econômica deve ganhar mais relevância para o mercado ao longo da semana, com a divulgação dos dados do PIB (Produto Interno Bruto) no Brasil e do PMI (Índice de Gerentes de Compras) Industrial nos EUA.
Ainda nos EUA, o mercado deve se atentar aos números da oferta de empregos JOLTs na quarta-feira (4), além de dados de emprego do setor privado e Payroll ao longo da semana.
“Estes dados serão acompanhados com atenção, visto que são importantes drivers observados pelo Fed e podem referendar a aposta majoritária do mercado de que setembro marcará o início dos cortes dos juros”, disse Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
Destaques do mercado na última semana de agosto
A semana foi dividida em dois momentos, primeiro com as renovações dos parâmetros históricos do Ibovespa, que chegou a alcançar patamares superiores a 137 mil pontos na quarta-feira (28). O movimento foi consequência da consolidação da desaceleração gradual da atividade econômica norte-americana e da expectativa do início dos cortes de juros em setembro.
“Ao mesmo tempo, por aqui, houve a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do BC, além de um forte impulso da Petrobras, que na quarta-feira foi responsável por grande parte da alta do Ibovespa”, comentou Nishimura.
Já em relação à moeda norte-americana, o dólar teve um desempenho positivo na semana entre 26 e 30 de agosto. No início da semana, a escalada das tensões no Oriente Médio reforçou a busca por ativos de segurança, levando investidores a procurarem ativos norte-americanos.
“Comparada ao real, a moeda norte-americana encerrou as negociações a R$ 5,4928 (+0,24%). Durante a sessão, o dólar registrou a mínima intradiária de R$ 5,4735”, disse Luiz Felipe Bazzo, CEO do Transferbank.
Ao longo da semana, a divisa norte-americana continuou ganhando força, com investidores repercutindo dados econômicos no mercado nacional e internacional.