Como reação ao resultado do quarto trimestre de 2021, as ações do Bradesco (nesse caso BBDC4) recuavam 7,83%, a R$ 20,94, na atualização das 15h35, no horário de Brasília.
Os números do segundo maior banco privado do país já mostraram efeitos negativos, exemplo disso é o aumento das provisões e das despesas operacionais, com números abaixo das expectativas do mercado, sem contar as projeções menos inspiradoras para o ano.
Os analistas destacaram que, apesar do crescimento do PDD, o índice de cobertura — que representa a proporção que a provisão para risco de crédito é capaz de cobrir os créditos inadimplentes — acima de 90 dias teve queda. Esse é um sinal de recuo na qualidade dos ativos.
“Vemos uma baixa qualidade dos ativos no trimestre, uma vez que o Bradesco aumentou as provisões em grande parte devido ao crescimento da carteira de crédito, enquanto o índice de cobertura diminuiu 36 pontos percentuais na base trimestral e 142 pontos percentuais na base anual para 261%, e o índice de inadimplência aumentou. Isso nos leva a acreditar que há mais espaço para provisões nos próximos trimestres”, argumentaram os analistas da XP, Renan Manda e Matheus Odaguil.
Para a Levante Ideias de Investimentos, o índice de cobertura segue em um patamar saudável para o banco. Segundo a corretora, “os números apresentados pelo Bradesco acendem o sinal amarelo para os resultados dos bancos, uma vez que é o segundo banco que entrega resultados abaixo da expectativa do mercado e com tendências semelhantes (ainda que melhores) às observadas no resultado do Santander”.
O CEO do banco, Octavio de Lazari Jr, afirmou que o incremento na taxa de inadimplência visto nos últimos trimestres não é tão preocupante. “Os índices de inadimplência continuam controlados em consequência da boa gestão da carteira”, completou.
É importante ressaltar que o lucro foi impactado por um ajuste não recorrente de marcação a mercado de TVM que foram reclassificados de “disponíveis para venda” para “negociação”.