A Mahle Metal Leve (LEVE3) comunicou ao mercado na noite de domingo (8), a contratação do Citi e Itaú BBA para uma potencial oferta de ações primárias.
Nesse sentido, a empresa afirmou que a oferta pode integrar também a venda secundária de papéis, segundo fato relevante enviado pela Metal Leve.
Às 11h20 (horário de Brasília) desta segunda-feira (9), os ativos LEVE3 caíam 13,21%, a R$ 40,62.
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Analistas sinalizaram que a indústria de fundos registrou mais um mês de captação, com uma entrada líquida de R$ 40,1 bilhões em abril.
No entanto, até o momento, a companhia não detalhou o potencial cronograma, tamanho da oferta ou destino dos recursos.
Em resumo, no primeiro semestre, a receita líquida da companhia subiu 12,2% sobre um ano antes, para R$ 2,14 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) disparou 43%, para R$ 514 milhões.
A Mahle Metal leve tem cinco fábricas, sendo quatro instaladas no Brasil e uma na Argentina. Desse modo, o grupo encerrou o primeiro semestre com dívida líquida de R$ 155 milhões, ante posição de caixa líquido de R$ 91 milhões no final de 2022.
No final do semestre passado, a empresa tinha R$ 165,5 milhões em dívida vencendo no segundo semestre, segundo balanço disponibilizado pela companhia.
Recomendação do Bradesco BBI
De acordo com o Bradesco BBI, o anúncio da Mahle Metal Leve de oferta de ações e não uma oferta pública para deslistar (OPA) a subsidiária brasileira surpreendeu o mercado.
O banco mantém a recomendação de venda (underperform), com um preço-alvo de R$ 21, até que mais detalhes sobre a operação estejam disponíveis.
O BBI observa que a dívida líquida de R$ 155 milhões resultou em uma alavancagem financeira relativamente baixa, com uma relação dívida líquida/Ebitda de apenas 0,2 vez.
“No acumulado do ano, a Mahle Metal Leve já distribuiu R$ 451 milhões em dividendos, o que corrobora nossa visão de que esta oferta de ações sugere que os acionistas controladores estão vendendo direta (oferta secundária) e indiretamente (oferta primária) a subsidiária 100% focada no produção de componentes para veículos à combustão. Não esperamos que a Mahle Metal Leve utilize os recursos para diversificar sua tecnologia no país, uma vez que a Mahle Behr no Brasil é de propriedade integral da Mahle GmbH e tem esse objetivo”, avalia o banco.
Em 2014, a Mahle Metal Leve suspendeu os planos de incorporação e/ou exploração de sinergias operacionais com esta unidade de negócios no país.
“Como resultado, em nossa opinião, esta oferta subsequente seria principalmente secundária, atingindo um volume de negócio de R$ 1,1 bilhão, permitindo à Mahle GmbH manter o controle (atualmente uma participação de 70%). Portanto, esperamos um grande overhang (pressão vendedora) se comparado ao volume médio negociado diariamente ao redor R$ 10 milhões”, aponta o banco.
