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Metha, antiga OAS, tem recuperação judicial aceita pela Justiça

Pedido foi feito no último dia 17 e tramita na 2ª Vara Empresarial de Salvador

O pedido de recuperação judicial feito pelo grupo Metha, antiga OAS, foi aceito pela Justiça da Bahia. O pedido, que engloba outras empresas do grupo como a KPE Engenharia, E2 Arenas, G.O Participações, Alpha 3 Participações e OAS Investimentos foi solicitado no último dia 17 e tramita na 2ª Vara Empresarial de Salvador.

De acordo com a decisão desta terça-feira (31), a qual a BP Money teve acesso, a juíza Carmelita Arruda de Miranda, impôs condições às empresas pertencentes ao conglomerado.

A magistrada determinou que no prazo de cinco dias, as empresas apresentem os Balanços Patrimoniais Especiais (2023), Demonstração do Resultado de Exercício Especial (2023) e Relatório Gerencial de Fluxo de Caixa (2023) devidamente atualizados até a data do pedido de recuperação judicial.

A Partners Assessoria Empresarial Ltda. foi a administradora escolhida para gerir a recuperação judicial.

Na decisão, ficou determinado também que a apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição de seus administradores.

A juíza deu o prazo de 60 dias para que o plano de recuperação judicial seja apresentado, sob pena de rejeição do pedido e declaração de falência.

O pedido

O conjunto de empresas da antiga OAS entrou com pedido de recuperação judicial no dia 17 de outubro. No documento, o grupo alegava que os negócios foram afetados drasticamente pela pandemia de Covid-19, já que a crise sanitária “reduziu de forma expressiva a disponibilidade de recursos do Poder Público para investimento no setor de construção civil”.

Outro fator que segundo o conjunto de empresas teria colaborado para o aprofundamento do problema, foi o brusco aumento nos custos dos insumos e das matérias‐primas no setor de construção.

“Os orçamentos das obras das Requerentes, apresentado no início dos respectivos processos licitatórios, não se mostraram mais viáveis. Assim, sem uma renegociação com o Poder Público, todas as obras tornar‐se‐iam deficitárias”.

No documento, a companhia diz que a recuperação judicial viabilizará “a continuidade das atividades das Requerentes, garantindo que um grande grupo empresarial brasileiro possa seguir com suas operações, preservando‐se, direta ou indiretamente, cerca de 6.300 empregos, diretos e indiretos, a criação de tecnologia e os interesses de todos os seus stakeholders, incluindo credores, fornecedores, clientes, parceiros comerciais e comunidades impactadas por suas atividades”.