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Mina da Braskem (BRKM5) já afundou mais de 1 metro e tem novo tremor neste sábado (2)

A mina segue em situação de emergência, com “risco iminente de colapso“

A Defesa Civil de Maceió informou, na manhã deste sábado (2), que a mina nº 18, pertencente à Braskem (BRKM5), já apresenta um afundamento de 1,56 metros. Nas últimas 24 horas, foi registrado um deslocamento adicional de 13 centímetros.

A velocidade vertical atual do movimento é de 0,7 centímetros por hora — ontem (1º), chegou a 2,6 cm/hora.

De acordo com a Defesa Civil, uma nova ocorrência sísmica foi registrada na região da mina de sal-gema na madrugada deste sábado (2). O tremor ocorreu a aproximadamente 300 metros de profundidade e apresentou magnitude de 0,89.

A mina segue em situação de emergência, com “risco iminente de colapso“. O bairro de Mutange continua em alerta máximo e já foi desocupado. A Defesa Civil ainda informou que o quadro no local se agravou após tremores sísmicos se intensificarem.

“Estudos mostram que há risco iminente de colapso em uma das minas monitoradas. Por precaução e cuidado com as pessoas, reforçamos, mais uma vez, a recomendação de que embarcações e a população evitem transitar na região até nova atualização do órgão”.

A petroquímica afirmou que, devido ao evento sísmico, também suspendeu as atividades na área de resguardo, que compreende a zona de segurança ao redor de poços afetados por complicações.

Braskem (BRKM5): Fitch diz que colapso pode impactar fluxo de caixa

Em comunicado publicado nesta sexta-feira (1º), a agência de classificação de risco Fitch avaliou que o iminente colapso de uma mina de sal localizada em Maceió (AL) pode impactar significativamente os fluxos de caixa da Braskem (BRKM5) e suspender seus ratings.

A Fitch classifica atualmente a Braskem com IDRs ( Issuer Default Ratings – Ratings de Inadimplência do Emissor) de Longo Prazo ‘BBB-‘, com Perspectiva Negativa, e Rating Nacional de Longo Prazo ‘AAA(bra)’, Perspectiva Estável.

“Outro evento geológico nas instalações da petroquímica pode aumentar o número de novas ações judiciais contra a companhia e impactar sua capacidade de acesso aos mercados de capitais, uma vez que os investidores estão mais restritivos e preocupados com questões ambientais, sociais e governamentais”, diz a agência no comunicado.

A Fitch informou ainda que a nova ação, de R$ 1 bilhão, contra a Braskem, está em fase inicial e precisa seguir o processo de proteção judicial, que pode levar meses até ser finalizado. A Fitch monitorará o caso e não considerará o pagamento da ação até que a empresa seja oficialmente obrigada a pagar a recompensa.

A Fitch avalia que uma nova ação de rating negativo pode resultar, entre outros fatores, na manutenção do índice de cobertura de juros abaixo de 1,0 vez e de FCF negativo na baixa do ciclo, que resulta em maior necessidade de dívida. No período de 12 encerrado em setembro, a cobertura de juros era de 0,8 vez e o FCF foi negativo em BRL5,2 bilhões, ante 3,2 vezes e BRL1,5 bilhão positivo no final de 2022.

“A Fitch acredita que a empresa tem capacidade para ajustar sua estratégia de investimentos para preservação do FCF. Isso pode resultar em redução de investimentos, otimização de capital de giro, venda de ativos não essenciais ou de novas parcerias para aumentar a produtividade’, finalizou.

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