Análise pré temporada

Mineradoras ou celulose? XP aponta possível destaque do 3T24

XP avalia possíveis resultados que ambo os setores, e também as siderúgicas e papel, podem demonstrar no período

Foto: Agência Vale
Foto: Agência Vale

Com o início da temporada de balanços do terceiro trimestre de 2024 se aproximando, analistas de instituições financeiras como a XP, começam a avaliar os possíveis caminhos dos setores. Nos segmentos de maior peso no Ibovespa, mineradoras e siderúrgicas, a empresa vê um momento melhor para as siderúrgicas.

Isto por conta dos recentes estímulos econômicos que a China tem anunciado, que mexem diretamente com a demanda do minério de ferro, principal commodity negociada pelas mineradoras. 

O preço baixo do minério de ferro tem impactado o desempenho das mineradoras, por isso, a XP vê a Gerdau (GGBR4), Aura (AURA33) e CBA (CBAV3) apresentando resultados relativamente melhores no 3T24 frente ao setor vizinho.

No caso dos produtores de aço, a XP acredita que a rentabilidade da Gerdau no Brasil está em um ponto de inflexão, um reflexo das iniciativas de diminuir os custos anunciadas no primeiro semestre de 2024. 

Um desempenho mais fraco das operações na América do Norte serviu como compensação parcial, implicando em um desempenho de Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações – subindo 3% trimestre a trimestre (com expectativas de melhoria para os próximos trimestres, no entanto), segundo o “InfoMoney”.

Os resultados da Aura e CBA, na avaliação da XP, também devem ser melhores dado o mix de preços realizados decentes e um forte desempenho operacional. Já a Usiminas (USIM5), por outro lado, ainda deve sentir o efeito de um cenário de custos pressionados, conforme indicado durante sua teleconferência do 2T24

3TRI24 das empresas de celulose deve ser relativamente melhor, diz XP

Passando para os setores de papel e celulose, os analistas da XP enxergam um trimestre relativamente melhor para as companhias expostas à celulose, apesar do desempenho mais fraco dos preços da celulose de -9% no 3T24 ante o 2T24. 

A razão disso seria a valorização do dólar frente ao real. Dessa forma, a instituição financeira  prevê volumes de vendas de celulose mais baixos para a Suzano (SUZB4), com os preços estáveis em reais compensando.

Para a Klabin (KLBN4), a estimativa é de um Ebitda mais baixo (-16% ante o 2T24), por conta da parada de manutenção em Ortigueira afetando os volumes, parcialmente compensada por um desempenho melhor em embalagens (Em papel subindo 7%). 

“Também esperamos um trimestre estável para a Irani, refletindo volumes mais altos de caixas de papelão, compensados por custos relacionados a aparas mais altos”, avaliou a XP, segundo o veículo de notícias.

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