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Minério de ferro recua com aumento de estoques e preocupações sobre demanda

Preços do minério de ferro caem com aumento dos estoques e rumores de cortes na produção de aço na China, enquanto demanda no curto prazo mantém negociações firmes

Minério de ferro
Minério de ferro / Foto: Divulgação/Vale

Os contratos futuros do minério de ferro fecharam em baixa nesta segunda-feira, influenciados pelo aumento dos estoques e por preocupações com a demanda, em meio a rumores sobre cortes na produção de aço no norte da China.

O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) caiu 0,64%, para 772 iuanes (US$107,52) por tonelada, o menor valor desde 16 de julho.

Na Bolsa de Cingapura, a referência para setembro recuou 0,25%, para US$101,65 por tonelada, após atingir mais cedo o nível mais baixo desde 4 de agosto, de US$101.7

Estoques e rumores pressionam preços

Um dos fatores de pressão sobre os preços foi o aumento dos estoques portuários, que subiram 0,7% na semana, alcançando 131,05 milhões de toneladas em 15 de agosto – o maior nível desde 25 de julho, segundo a consultoria Steelhome.

Rumores também indicam que siderúrgicas de Tangshan, principal centro de produção de aço na China, receberam orientações para reduzir a produção entre 31 de agosto e 3 de setembro.

O período coincide com um desfile militar em comemoração ao fim da Segunda Guerra Mundial, e a medida teria como objetivo melhorar a qualidade do ar em Pequim.

Apesar das quedas recentes, os contratos registraram ganhos na manhã desta segunda-feira, impulsionados pela demanda firme no curto prazo.

A média diária de produção de metais quentes subiu 0,1% na semana, para 2,41 milhões de toneladas em 14 de agosto, segundo dados da consultoria Mysteel.

Além disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou planos de tarifas adicionais sobre o aço nas próximas semanas, embora analistas do mercado minimizem o impacto esperado.