Conforme a nova avaliação da equipe do BB Investimentos, a recomendação para as ações da Minerva (BEEF3) segue “neutra”, com preço-alvo de R$ 10, o que representa uma valorização potencial de 103,7%. Na sessão de segunda-feira (17), as ações fecharam a R$ 5,35.
O banco acredita que há boas expectativas com relação à safra de grãos e à guerra tarifária para o mês de março, o que pode favorecer a exportação de proteínas pelas empresas brasileiras.
O documento, assinado por Georgia Jorge, indica que as empresas brasileiras continuam sendo beneficiadas pela demanda aquecida no mercado interno. A Minerva é o grande destaque do mês, segundo o BB, mesmo que a recomendação siga “neutra”.
“Entendemos que o potencial de valorização frente ao nosso preço-alvo ocorrerá somente após o mercado vislumbrar avanços na integração dos ativos e redução da alavancagem financeira, trazendo fôlego para um resultado líquido mais robusto”, consta no relatório.
A empresa de frigorífico divulgará na quarta-feira (19), o balanço referente ao quarto trimestre de 2024 (4T24), após o fechamento do mercado.
Citi: chance de venda de plantas da Marfrig para Minerva aumenta
As chances de aprovação da venda de três plantas uruguaias da Marfrig (MRFG3) para a Minerva (BEEF3) aumentaram com a estratégia da Minerva de revender uma das unidades para o grupo indiano Allana, logo após a compra. A avaliação foi divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Citi.
Porém, a instituição avalia que o negócio não tem impactos no cenário projetado para as companhias neste ano.
As empresas anunciaram nesta terça-feira (11) que a Minerva apresentou um pedido de compra das unidades de San José, Salto e Colônia da Marfrig à Coprodec (Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia), instituição reguladora de concorrência do Uruguai.
Após negativas da Coprodec, a Minerva decidiu mudar sua estratégia e condicionar a aquisição das unidades à revenda da planta em Colônia para o Allana Group. “Entendemos que essa notícia não tem impacto na Marfrig, mas pode melhorar as chances de aprovação da Minerva”, disse o Citi, em relatório.
De acordo com o banco, a Minerva vai ter menos de 40% do mercado do Uruguai se ficar com as duas plantas, em vez de três. “O segmento uruguaio sempre apresentou preocupações sobre concentração de mercado”, disse o Citi.