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Minerva (BEEF3) conclui captação de US$ 900 milhões

Valor será destinado para pagar a Marfrig pela compra de ativos, num acordo anunciado em 28 de agosto.

A Minerva (BEEF3) emitiu comunicado nesta quarta-feira (6), informando a conclusão da captação de US$ 900 milhões (cerca de R$ 4,5 bilhões). O valor será destinado para pagar a Marfrig (MRFG3) pela compra de ativos, num acordo anunciado em 28 de agosto.

A Minerva informou que o dinheiro foi captado por meio de ofertas de notas com vencimento em 2033 e taxa de juros de 8,875%. A emissão dos papéis foi feita pela sua subsidiária Minerva Luxembourg e conta com a garantia do frigorífico. Os bonds foram oferecidos para investidores institucionais qualificados dos Estados Unidos.

Os coordenadores da operação são JPMorgan (líder), BBVA, BofA, Bradesco, HSBC, Itaú, Mizuho, Morgan Stanley, MUFG, Rabobank e XP.

A Minerva e sua controlada Athn Foods Holdings anunciaram no mês passado um acordo de R$ 7,5 bilhões para comprar determinadas unidades de abate de bovinos e ovinos da gigante do setor Marfrig no Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. A operação também levantou questionamentos sobre a alavancagem da companhia.

Marfrig vende ativos para Minerva por R$ 7,5 bi

A Marfrig informou no dia 28 de agosto que fechou um acordo para a venda de determinadas unidades de abate de bovinos e ovinos na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai para a Minerva e sua controlada Athn Foods Holdings. O negócio está sendo fechado por R$ 7,5 bilhões.

De acordo com a Marfrig, pelo acordo, foi acertado um sinal de R$ 1,5 bilhão recebidos nesta segunda-feira, enquanto o saldo de R$ 6 bilhões será pago no fechamento da transação, “tendo o comprador apresentado compromisso firme de financiamento de instituição bancária”.

Marfrig encerra 2º trimestre com prejuízo de R$ 784 mi

A Marfrig encerrou o segundo trimestre do ano com prejuízo líquido de R$ 784 milhões, ante lucro líquido de R$ 4,255 bilhões no mesmo período de 2022.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização de depreciação) caiu 42,3%, para R$ 2,299 bilhões, e a receita líquida consolidada da companhia recuou 5,7%, para R$ 32,514 bilhões, ambos na comparação com o 2T23.

Resultados negativos da National Beef, controlada sediada nos EUA, e da BRF (BRFS3) pesaram para o desempenho ruim do trimestre.

Na América do Norte, a receita líquida cresceu 0,6%, para R$ 14,565 bilhões. O Ebitda recuou 60,2%, para R$ 759 milhões, e a margem Ebitda diminuiu de 13,2% para 5,2%.

Na América do Sul, a receita da Marfrig caiu 18,6%, para R$ 5,788 bilhões, e o Ebitda foi 14,8% menor (R$ 578 milhões). Já a margem Ebitda subiu de 9,5% para 10%.

Marfrig tem prejuízo de R$ 634 mi no 1T23

Já no primeiro trimestre de 2023, a Marfrig reportou prejuízo líquido de R$ 634 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 109 milhões visto no mesmo intervalo de 2022.

A receita líquida totalizou R$ 31,757 bilhões no primeiro trimestre de 2023, alta de 42,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Já a receita líquida da Operação América do Norte da Marfrig foi de US$ 2,583 bilhões no período, 14,6% inferior ao mesmo trimestre de 2022.

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