"Monstro do Leblon": fundo de gestora carioca acumula queda de 90% nos últimos 12 meses

Após atingir patrimônio de R$ 9,7 bilhões no ano passado, fundo Ponta Sul derreteu no último ano

O “monstro do Leblon”, como ficou conhecido o bilionário Flávio Gondim, voltou a perder bilhões de reais com o seu fundo de ações, o Ponta Sul Investimento no Exterior (FIA PONTA SUL IE). Nos últimos 12 meses, o Ponta Sul, que tem Gondim como único cotista, acumula queda de 89,48%. 

Em 2020, o “monstro do Leblon” ficou conhecido por perder cerca de R$ 4 bilhões em questão de semanas com a queda na Bolsa de valores no início da pandemia de coronavírus. Gondim, morador do Leblon, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, é famoso por investir em ativos de alto risco, que resultaram em uma grande fortuna. 

Mas o investimento no fundo Ponta Sul fez com que Gondim perdesse grande parte de seu patrimônio no início da pandemia de covid-19. Entre o final de fevereiro de 2019 e março de 2020, o fundo derreteu 93%, indo de R$ 5,6 bilhões para R$ 370 milhões na mínima.

No entanto, o boom da bolsa no ano passado foi positivo para o fundo. Entre maio de 2020 e fevereiro de 2021, Gondim alcançou um retorno médio de 27% ao mês, multiplicando o patrimônio do fundo em 8,5 vezes. 

Esse crescimento se deve, em parte, ao desempenho da principal aposta de Gondim, o Banco Inter, que viu suas ações subirem mais de 400% no período. O sucesso dos bancos digitais no Brasil fez com que o Inter crescesse muito na bolsa, saltando de R$ 13,99 em 2009 para R$ 86,77, na máxima registrada em julho do ano passado. 

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Em julho de 2021, o fundo Ponta Sul chegou a atingir a marca de R$ 9,7 bilhões, impulsionado por, além do Banco Inter, Ambipar e Notredame Intermédica.

Mas o segundo semestre de 2021 não foi bom para o fundo, que já registrava queda de 83% ao final do ano passado. Em 2022, a inflação e sucessivas altas da taxa Selic, somadas ao desempenho negativo dos principais ativos do fundo, causaram um prejuízo milionário. Assim, o Fundo de Investimento de Ações Ponta Sul, do “monstro do Leblon”, derreteu quase 90% em 12 meses. O patrimônio líquido atual do fundo é de R$ 721,6 milhões.

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