Classificação de risco

Moody’s: grau de investimento pode vir com ajuste fiscal neste governo

A agência elevou a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1 - apenas uma nota de conquistar o grau de investimento

Moody's
Foto: Pixabay

A vice-presidente para risco soberano da Moody’s, Samar Maziad, disse em entrevista à Folha de S. Paulo que o grau de investimento pode chegar ao Brasil ainda no governo atual, caso haja um ajuste fiscal nos gastos obrigatórios.

A agência melhorou a classificação de risco do país, elevando a nota de crédito de Ba2 para Ba1 – apenas uma nota de conquistar o grau de investimento.

Segundo a vice-presidente da Moody’s, o horizonte de perspectiva analisado para revisão de nota é de 12 a 18 meses. Assim, se houver manutenção de medidas de contenção de gastos, é possível que a perspectiva se mantenha positiva.

Samar demonstrou otimismo em relação à trajetória da dívida pública e metas fiscais, citando o aumento de receita previsto para este e o próximo ano, que, somado aos cortes anunciados, são compatíveis com o orçamento apresentado e o alvo para o resultado primário.

Na contramão do mercado, que estima piora no déficit, a vice-presidente entende que o governo deve entregar saldo primário semelhante ao deste ano.

A continuidade de crescimento econômico também é um fator considerado para atingir o grau de investimento. Segundo Samar, esse foi um dos principais pontos que sustentou a mudança da nota do Brasil.

A vice-presidente citou ainda reformas estruturais realizadas ao longo de diferentes governos que trouxeram a mudança para o PIB brasileiro.

Tesouro Direto: taxas derrapam após avaliação da Moody’s ao Brasil

As negociações do Tesouro Direto foram suspensas na terça-feira (1º), devido à greve dos servidores do Tesouro Nacional. Na volta das operações nesta quarta-feira (2) os juros oferecidos pelos títulos públicos pagam menos em comparação com a sessão anterior.

Os papéis operavam em forte queda por volta das 13h, mas seguem atrativos. Entre os títulos ligados à inflação, os que fazem pagamento acima dos 6% são recomendados pelos analistas, que ressaltam também a função de proteção da carteira contra o aumento dos preços, segundo o “Valor”.

As taxas estão seguindo o movimento dos juros futuros, o recuo da curva está acentuada após a repercução da elevação do rating do Brasil pela Moody’s, de “Ba2” para “Ba1”, com perspectiva positiva.

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