A Moove, subsidiária da Cosan, apresentou na última segunda-feira (16) o pedido de registro para uma oferta pública inicial de ações (IPO) na Bolsa de Nova York (Nyse). A movimentação ocorre pouco mais de um mês após a Cosan anunciar ao mercado seu plano de listar a empresa de lubrificantes no mercado acionário dos EUA.
No prospecto, a Moove não revela o valor que espera captar com a operação. No primeiro semestre, a empresa registrou um lucro de R$ 237,6 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 58,4 milhões no mesmo período do ano passado, e se aproximando do lucro total de R$ 266 milhões obtido em 2023.
A receita da Moove no período de janeiro a junho foi de R$ 5,02 bilhões, uma queda de 1,6% em relação ao mesmo período de 2023. No ano passado, a empresa alcançou uma receita total de R$ 10,1 bilhões.
A companhia foi criada em 2008, após a Cosan adquirir os ativos de fabricação e distribuição de lubrificantes da ExxonMobil no Brasil, e atende clientes em setores como automotivo e aviação.
Planos da Moove
A principal fábrica da Moove está localizada no Rio de Janeiro, com uma capacidade anual de produção de cerca de 400 milhões de litros. Além disso, a empresa conta com plantas em São Paulo e, no exterior, possui unidades de produção no Reino Unido e nos EUA.
A Moove planeja utilizar os recursos obtidos com a venda das ações para fins corporativos gerais, incluindo o reforço de capital de giro. Além disso, conforme indicado no prospecto, a empresa poderá direcionar os fundos líquidos para aquisições ou investimentos em novos negócios, produtos, serviços ou tecnologias.
No prospecto, a Moove diz que o “investimento contínuo em ativos físicos, incluindo fábricas, capacidade de transporte, sistemas de tecnologia da informação e a expansão da rede de centros de distribuição é uma vantagem competitiva”.
O IPO da Moove será o primeiro de uma empresa brasileira no mercado norte-americano desde o final de 2021, quando o Nubank fez sua estreia na Bolsa de Nova York.
A oferta está sendo coordenada por J.P. Morgan, Bank of America (BofA), Citi, Itaú BBA, BTG Pactual e Santander.