Investimentos

Morgan Stanley foca na América Latina em meio a tensões globais

head de negócios da América Latina do banco, John Moore, indica que as tensões lançam destaque a alguns setores na região

Morgan Stanley
Morgan Stanley / Foto: Divulgação

Enquanto as tensões geopolíticas avançam em outras regiões do mundo, o Morgan Stanley tem investido ainda mais na América latina, conforme indicou o head de negócios da América Latina do banco, John Moore, segundo a “Bloomberg”.

Segundo ele, as guerras na Europa e no Oriente Médio, junto às tensões crescente na Ásia, ressaltam a importância da região latino americana “para reorganizar as cadeias de abastecimento e fornecer desde alimentos e metais industriais a combustíveis de transição energética e ingredientes farmacêuticos”.

Moore também mencionou que o Morgan Stanley “vem aumentando constantemente nosso investimento no Brasil, no México e em outras geografias da América Latina, uma tendência que esperamos que continue”, levando a um aumento gradual da equipe e de capital.

O negócio de investment banking, incluindo assessoria em fusões e aquisições, coordenação de operações de mercado de capitais, corretagem e crédito privado, são oportunidades para o Morgan Stanley, alegou Moore.

“Obviamente, há ventos contrários impactando taxas de juros e transições políticas em toda a região e globalmente, com os mercados do México e do Brasil apresentando desempenho inferior aos mercados dos EUA no acumulado do ano”, disse o executivo.

Ainda de acordo com ele, há preocupações discais pressionando a moeda brasileira, porém, os estrangeiros ainda se interessam em investir no País, por conta da quantidade de fintechs e empresas de comércio eletrônico com tecnologia de ponta, e “enorme oportunidade ESG” em energias renováveis.

Além disso, as exportações brasileiras de energia e alimentos à Europa também entraram em destaque após a guerra na Ucrânia, avaliou Moore.

Gorman deixará cargo de presidente do Morgan Stanley no final do ano

James Gorman deixará seu cargo de presidente do Morgan Stanley no final do ano, encerrando uma trajetória de quase duas décadas na empresa. Durante seu mandato, ele resgatou a instituição da beira da falência, transformando-a em uma potência na gestão de patrimônio.

Gorman, de 65 anos, revelou seu plano nesta quinta-feira (23) durante a assembleia anual de acionistas da empresa. Embora nenhum substituto tenha sido nomeado imediatamente, espera-se que o CEO Ted Pick assuma o cargo no futuro.

A decisão de renunciar ao cargo de CEO em janeiro é vista como um voto de confiança na liderança de Pick.