A Movida (MOVI3) divulgou na noite de terça-feira (9) seu balanço do segundo trimestre de 2023. A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 17,9 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 186,8 milhões visto no mesmo período de 2022.
Em comunicado, a Movida explicou que o número foi impactado pelo aumento das despesas financeiras em decorrência também da elevação das taxas de juros.
A receita líquida totalizou R$ 2,479 bilhões, apresentando alta de 11,1% na comparação com o segundo trimestre do ano anterior. Já a receita de locação foi de R$ 1,2 bilhão, alta de 23,1% na comparação anual.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) total, por sua vez, somou R$ 890 milhões, uma alta de 1,7% frente ao mesmo período de 2022.
Ao final do segundo trimestre deste ano, a dívida líquida da Movida totalizou R$ 11,4 bilhões, crescendo R$ 161 milhões anualmente devido à redução do caixa para R$ 2,6 bilhões após pagamento de carros comprados em trimestres anteriores. A alavancagem medida pelo indicador dívida líquida/Ebitda se manteve em 2,9 vezes.
Movida (MOVI3) planeja recompra de dívida até US$ 175 milhões
Na semana passada, a Movida (MOVI3) anunciou por meio de fato relevante que sua subsidiária, Movida Europe, iniciará uma nova oferta de recompra de títulos de dívida no valor de até US$ 175 milhões. As notas, vinculadas a metas de sustentabilidade, têm vencimento em 2031 e serão remuneradas à taxa de 5,250% ao ano, garantidas pela Movida Locação de Veículos S.A.
De acordo com o anúncio, o objetivo da operação é reduzir o custo médio da dívida do grupo. Após a transação, a Movida manterá uma posição robusta de caixa e terá uma estrutura de capital mais saudável, demonstrando comprometimento e disciplina na alocação de capital. A oferta será feita pelo preço de 86% do valor de face da emissão, representando um desconto de 14%.
A emissão total de notas foi feita em 2021, no montante de US$ 800 milhões, com prazo de vencimento de 10 anos.
Até o momento, a Movida já recomprou um total de US$ 353 milhões. A operação não possui uma quantidade mínima de notas condicionada para serem ofertadas, e os títulos de dívida não ofertados ou comprados permanecerão em circulação.