Recompra de notas comerciais

Movida (MOVI3) quer captar R$ 340 mi com debêntures

Empresa quer pagar, no máximo, o equivalente a DI mais 2,3% ao ano

Movida
Movida (MOVI3) / Divulgação

A Movida (MOVI3) comunicou ao mercado, na manhã desta sexta-feira (2), o lançamento de uma oferta de R$ 340 milhões em debêntures, que visa utilizar os recursos para recomprar suas notas comerciais.

Os títulos emitidos pela companhia terão um prazo de quatro anos, com a remuneração a ser definida posteriormente.

A empresa planeja limitar o custo a, no máximo, DI mais 2,3% ao ano — taxa igual à das debêntures emitidas no mês passado pela sua controlada, Movida Locação.

Na oferta da Movida Locação, foram levantados R$ 750 milhões, destinados a “fins corporativos gerais”, como gestão de caixa e fortalecimento da liquidez.

A operação atual está sendo coordenada pela Caixa Econômica Federal e tem previsão de conclusão para o dia 9 de agosto.

Movida (MOVI3): Citi vê potencial de valorização de 17,25% nas ações

As ações da Movida (MOVI3) estão operando com ganho no pregão desta sexta-feira (21). Parte do impulsionador das altas é a retomada da cobertura dos papéis pelo Citi (CTGP34), que vê um potencial de valorização de 17,35% do ativo em 2024.

O Citi estabeleceu o preço-alvo de R$ 7 para as ações da Movida (MOVI3), mas a recomendação para o papel é neutra/alto risco.

O banco justificou a movimentação alegando que a companhia de locação de veículos “tem feito um bom trabalho para atender o guidance de 2024, mas o desafio está no futuro e além das melhorias operacionais”. As informações são do “Seu Dinheiro”.

Por outro lado, os ganhos das ações, que iam na contramão do setor, perderam a força. Por volta das 13h35 (horário de Brasília), os papéis recuaram 0,17%, a R$ 5,96. No mês, as ações têm perdas de 8,18%; já no ano, a deterioração é de 50%.

Mesmo com a empresa indo em uma boa direção, o Citi vê espaço para decepções no spread do retorno sobre o capital investido e nos lucros neste ano, ao passo que o mercado de carros usados segue registrando perdas e os juros devem se manter altos por mais tempo.

“Embora acreditemos em uma recuperação a médio prazo, os lucros podem ficar comprimidos por alta depreciação e despesas financeiras por alguns anos, enquanto o espaço para crescimento de tarifas pode se apertar”, disse o relatório.