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MRV (MRVE3): vendas crescem, mas consumo de caixa é alerta

MRV (MRVE3)

MRV (MRVE3) / Divulgação

A incorporadora MRV (MRVE3) divulgou, nesta terça-feira (16), os dados operacionais indicando um aumento nos lançamentos e na velocidade de venda. No entanto, o consumo de caixa chamou a atenção dos analistas, que consideraram o resultado marginalmente negativo.

Por volta das 13h40, as ações da MRV subiam 2,65%, cotadas a R$ 6,57.

No primeiro trimestre de 2024 (1T24), as vendas líquidas atingiram R$ 2,13 bilhões, representando um aumento de 18,4% em relação ao mesmo período de 2023. A velocidade de vendas (VSO) foi de 33,1% no 1T24, registrando um aumento de 11,1 pontos percentuais em comparação com o ano anterior.

MRV: analistas avaliam

Apesar desses resultados positivos, os analistas do Bradesco BBI expressaram preocupação com a queima de caixa registrada no período.

“Apesar dos sólidos dados de lançamentos e vendas (a velocidade de vendas melhorou 11 pontos percentuais ano contra ano mesmo com lançamentos quase três vezes acima do primeiro trimestre de 2023), a unidade de negócios da MRV Development queimou aproximadamente R$18 milhões no primeiro trimestre de 2024, mesmo após vender quase R$630 milhões em recebíveis”, avaliaram.

Segundo o Bradesco BBI, a venda de recebíveis de financiamentos imobiliários provavelmente resultou em uma entrada líquida de aproximadamente R$ 400 milhões no caixa.

Apesar da queima de caixa no primeiro trimestre, prevê-se um alívio para o segundo trimestre, pois a MRV já contabilizou cerca de um terço dos terrenos a pagar, totalizando R$ 750 milhões.

A recomendação permanece como “outperform”, indicando previsão de desempenho superior ao índice de referência.

O Itaú BBA também classificou o resultado operacional como ligeiramente negativo. “Acreditamos que o sólido desempenho em lançamentos e vendas da MRV, juntamente com a redução do consumo de caixa na (operação dos EUA) Resia (considerando um trimestre sem vendas de projetos), devem ser parcialmente compensados pelo desempenho de caixa na operação brasileira.”

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