Mubadala faz proposta pela BP Bunge Bioenergia

Seria o primeiro investimento do Mubadala em etanol no Brasil

O Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, fez a melhor oferta para comprar a joint venture brasileira de etanol BP Bunge Bioenergia, terceira maior processadora de cana-de-açúcar do mundo. A informação foi dada pelo jornal “Valor Econômico”. Seria o primeiro investimento do fundo em etanol no País.

A proposta do fundo foi superior em relação à proposta da Raízen (RAIZ4), maior produtora de açúcar e etanol do Brasil. De acordo com o “Valor Econômico”, nenhum acordo deverá ser sacramentado antes das eleições presidenciais no Brasil.

A Bunge busca se desfazer de suas usinas de etanol no Brasil há anos. Em 2018, ela considerou uma oferta pública inicial de ações (IPO) antes de entrar na joint venture com a BP, em junho do ano seguinte.

Desejada pelo Mubadala, a BP Bunge Bioenergia possui 11 unidades produtoras e produz mais de 1,5 bilhão de litros de etanol, 1,1 milhão de toneladas de açúcar e exporta 1,2 mil gigawatt-hora de energia para a rede elétrica brasileira.

Mubadala desiste de comprar dona do Burger King

Dona do Burger King Brasil, a Zamp (BKBR3) informou ao mercado na última sexta-feira (23) que o fundo soberano do Emirados Árabes, Mubadala, desistiu oficialmente de adquirir a companhia. 

As negociações vinham se arrastando há um tempo e, na última semana, gerou polêmicas quando as duas partes trocaram cartas divergindo sobre a possibilidade da aquisição, com o temor de que o RBI (Restaurant Brands International), dona mundial das marcas Burger King e Popeys, encerrasse o contrato direito de uso destas no Brasil pela Zamp no caso de a venda ser fechada.

O RBI afirmou que não poderia dar garantias ao Mubadala e defendeu que a transação poderia, realmente, violar cláusulas restritivas do contrato de uso das marcas no Brasil, por conta da participação do fundo em outras redes de franquias.

“Diante da conclusão informada pelo Burger King e pela Popeys Louisiana, e considerando o potencial impacto material adverso para a companhia que decorreria da rescisão dos contratos, entendemos não ser possível prosseguir com a realização da oferta”, explica o fundo árabe em carta, segundo o “Infomoney”. 

O Mubadala, por fim, se mostrou surpreendido, junto dos demais acionistas da Zamp pela atitude da RBI e afirmou também não possuir nenhum outro investimento local no setor de atuação em questão.